Alerta para os bancos: Inadimplência atinge maior nível em 8 anos
Com juros altos, taxa de inadimplência alcançou 5,2% no Brasil em julho, segundo o BC.

A inadimplência em alta tem deixado os bancos brasileiros em alerta já algum tempo, mas pode pressionar ainda mais os resultados do setor neste segundo semestre de 2025.
📈 Isso porque a taxa de inadimplência atingiu o maior patamar em aproximadamente oito anos em julho, segundo o BC (Banco Central).
O indicador bateu 5,2% na carteira de crédito livre, em que as condições dos empréstimos não são reguladas pelo governo. É o nível mais alto desde novembro de 2017.
Já a inadimplência do crédito direcionado, que inclui os financiamentos rurais e imobiliários, bateu 1,8%, o maior patamar desde junho de 2020.
Com isso, a taxa de inadimplência geral foi de 3,8% em julho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pelo BC. O patamar não era visto desde maio de 2017.
Juros altos
A inadimplência vem subindo desde o início do ano, na esteira da alta dos juros.
💲 Com a Selic em 15%, a taxa média de juros das concessões de crédito do sistema financeiro já chega a 31,4% ao ano, segundo os dados do BC.
A taxa é puxada para cima pelas taxas cobradas em instrumentos como o rotativo do cartão de crédito (446%), o cheque especial (133%) e o crédito pessoal (104%).
Crédito desacelera
💵 Diante desse cenário, os bancos têm sido cautelosos na concessão de crédito. Por isso, o ritmo de concessão de empréstimos tem desacelerado.
Segundo o BC, o estoque de crédito brasileiro cresceu apenas 0,4% em julho, chegando a R$ 6,7 trilhões.
Na ata da sua última reunião, o Comitê de Estabilidade Financeira do BC observou que essa desaceleração era esperada, devido "às condições financeiras mais restritivas e à moderação do crescimento da atividade econômica".
"No crédito às pessoas físicas, observa-se desaceleração em todas as modalidades, exceto no crédito não consignado. Para as pessoas jurídicas, o crescimento do crédito bancário desacelerou para empresas de todos os portes, exceto para as médias", diz a ata, publicada também nesta quarta-feira (27).
Provisões
🏦 Diante desse cenários e de regras mais duras do BC, os bancos listados na B3 têm elevado as despesas com provisões para perdas esperadas.
O Banco do Brasil (BBAS3), por exemplo, ampliou em 50,6% as despesas com provisões no segundo trimestre de 2025, o que pressionou os seus resultados.
Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) também elevaram suas provisões, só que em menor magnitude.

BBAS3
Banco do BrasilR$ 20,61
-18,36 %
5,48 %
8.31%
7,45
0.65

Banco do Brasil (BBAS3): Cade abre inquérito para investigar venda casada no crédito rural
O banco negou as acusações e disse que a venda casada é proibida e que a escolha de produtos é feita livremente pelo cliente.

Pix por foto? Banco do Brasil (BBAS3) lança pagamento com inteligência artificial
A novidade utiliza IA para reconhecer automaticamente informações contidas na imagem, como chave Pix, valor e dados do destinatário.

Governo Lula digere derrubada da MP da taxação na Câmara dos Deputados
Medida Provisória 1.303/2025 era a proposta alternativa para compensar o aumento do IOF.

Ibovespa retoma os 142 mil pontos; veja quais ações são protagonistas
Investidores esperam para ver se MP da taxação terá aprovação no Congresso antes de perder validade.

Aluguel de ações dispara e Banco do Brasil (BBAS3) lidera apostas em queda
Apostas em queda se intensificam na B3 e Banco do Brasil (BBAS3) atinge 98% do recorde histórico no mercado de aluguel de ações.

Banco do Brasil desmente boatos e mostra como se proteger do ‘golpe do concurso’
O banco desmentiu boatos sobre concurso e alertou para golpes com sites falsos de inscrição e cobrança via Pix.

Banco do Brasil (BBAS3) terá qual retorno de dividendos em 2026? XP dá pista
Analistas avisam que o patamar de dividend yield da estatal será modesto e preferem outro bancão.

BB (BBAS3) e Natura investem R$ 50 mi em "dendê regenerativo" e renda familiar
A iniciativa tem como objetivo expandir os SAFs e prevê a recuperação de até 12 mil hectares de floresta amazônica.