Queda da Hapvida (HAPV3) causa perdas milionárias e fundos recuam até 13%
Balanço do 3T25 provoca aversão dos investidores, enquanto controladores vão às compras.
💰 Uma empresa que não distribui um centavo de dividendos aos seus acionistas desde 2021 e cujas ações derrapam pouco mais de 10% no acumulado dos últimos 12 meses provavelmente não anima muitos investidores a quererem ser sócios do negócio.
No entanto, o BB Investimento arregaçou as mangas e começou em outubro a cobertura da Hapvida (HAPV3), uma operadora de saúde suplementar que pode multiplicar em até seis vezes o seu dividend yield (rendimento de dividendos) até o ano de 2027.
Para o analista William Bertan, o investimento em Hapvida vale a pena para o longo prazo, caso o investidor concorde com as quatro avenidas de crescimento da operadora de saúde.
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O primeiro aspecto diz respeito ao seu modelo de negócios verticalizado em assistência médica. Em outras palavras, significa dizer que a Hapvida tem uma rede de saúde própria que acompanha os seus pacientes desde as consultas de rotina até as cirurgias de alta complexidade.
Já o segundo pilar é sustentado pela liderança da empresa como a maior operadora de saúde em número de beneficiários do Brasil, que reforça o posicionamento da marca tanto em praças já consolidadas, aumentando o potencial de atração de beneficiários, quanto em novas localidades potenciais.
🚑 A competitividade em preços da Hapvida a coloca em um valor abaixo da média do mercado, sem abdicar do atendimento de qualidade.
"Diante do movimento de reajustes de preços, observado no setor desde 2022, o desempenho da companhia na busca pelo equilíbrio financeiro dos contratos, embora tenha resultado em uma pequena retração no número de beneficiários, permitiu a recomposição do ticket médio, que, juntamente com a eficiência na gestão de custos, resultou em melhorias na sinistralidade", afirma o analista, em relatório.
Como último pilar, a Hapvida tem competência acumulada nos diversos processos de aquisição e combinações de negócios, com destaque para a incorporação da NotreDame Intermédica em 2022, explorando oportunidades no fragmentado segmento hospitalar privado.
🤑 Nos cálculos da corretora, o rendimento de dividendos pagos pela Hapvida deve saltar de 0,5% estimado para 2024, alcançando o patamar de 3% estimados para 2027. Já em 2025, o dividend yield estimado deve ficar 1,1%.
"Adotamos o modelo de desconto de fluxo de caixa de 10 anos para avaliação da Hapvida, por entendermos ser o mais adequado para capturar o crescimento potencial da companhia no longo prazo", explica Bertan.
Dessa maneira, o analista precificou um valor justo de R$ 41,2 bilhões ao final de 2025, implicando em um preço-alvo de R$ 5,50 para as ações HAPV3, reiterando recomendação de compra.
Ou seja, até dezembro de 2025, os acionistas de Hapvida têm a chance de embolsar em torno de 42% em ganhos de capital, considerando a cotação ao redor de R$ 3,87 nesta sexta-feira (11).
Para o final de 2025, a corretora espera que a Hapvida apresente receita líquida de R$ 31,9 bilhões com CAGR (taxa de crescimento anual composta) entre 2023-2025 de 8%; e Ebitda de R$ 4,9 bilhões com margem Ebitda de 15,2%.
EV/Ebitda: 2024 (11,3x); 2025 (9,1x); 2026 (8,1x); 2027 (7,4x).
Preço Sobre o Lucro (P/L): 2024 (51,8x); 2025 (23,3x); 2026 (16,4x); 2027 (13,1x).
Retorno Sobre o Capital (ROE): 2024 (1,6%); 2025 (3,5%); 2026 (4,9%); 2027 (5,9%).
Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC): 2024 (2,6%); 2025 (3,8%); 2026 (4,6%); 2027 (5,3%).
Dividend Yield (DY): 2024 (0,5%); 2025 (1,1%); 2026 (2,4%); 2027 (3,0%).
Balanço do 3T25 provoca aversão dos investidores, enquanto controladores vão às compras.
Apesar da pressão nos resultados, casas de análise mantêm recomendação de compra ou neutra.
Após renovar mínimas históricas, companhia aprovou a recompra de até 70 milhões de ações.
Entre os pesos-pesados da B3, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) também arrastaram o Ibovespa.
Para o mercado, Hapvida mostrou resultados fracos e enfrenta desafios que devem persistir por algum tempo.
Companhia quer maximizar a geração de valor para os acionistas com a recompra.
Os recursos líquidos obtidos serão destinados ao pré-pagamento dos saldos das 2ª e 3ª emissões de debêntures da empresa.
A empresa destacou que as condições atuais foram revisadas para refletir o andamento do projeto.
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