‘Gigante chinesa’: Temu chega ao Brasil e preocupa varejistas
Recentemente, a Temu solicitou à Receita Federal a certificação no programa Remessa Conforme.

📈 A expansão da Pinduoduo no Brasil através de sua subsidiária Temu tem chamado a atenção do mercado.
Recentemente, a Temu solicitou à Receita Federal a certificação no programa Remessa Conforme, que isenta de imposto de importação mercadorias abaixo de US$ 50, embora estejam sujeitas a 17% de ICMS, conforme reportado pelo Valor Econômico.
A Temu, que entrou no radar do mercado brasileiro no ano passado, já começou a impactar o segmento de e-commerce, competindo com gigantes como Shopee, Mercado Livre (MELI34) e Magazine Luiza MGLU3).
Diferente da Shein, que foca em moda, a Temu oferece uma gama diversificada de produtos, desde itens para pets até eletrônicos, assemelhando-se mais à Shopee em sua proposta de valor.
Apesar do aplicativo da Temu já estar disponível para download no Brasil, as vendas ainda não foram ativadas, segundo informações do BTG Pactual (BPAC11).
A empresa já acumula mais de 3 milhões de avaliações no país, com uma média de 200 mil downloads mensais. Globalmente, a Temu projeta alcançar US$ 60 bilhões em vendas este ano, o que representaria um aumento significativo em relação a 2023.
💲 Analistas do Santander (SANB11) apontam que a entrada da Temu no mercado brasileiro era amplamente esperada e pode intensificar a concorrência no setor de e-commerce, especialmente se a isenção de impostos para compras abaixo de US$ 50 for mantida.
Isso poderia colocar pressão adicional sobre os operadores locais de mercado online, como Mercado Livre e Magazine Luiza, que já enfrentam a concorrência acirrada da Shopee.
A adesão ao programa Remessa Conforme, que permite a isenção de impostos para remessas abaixo de US$ 50, representa uma mudança significativa em relação às políticas anteriores, onde todas as importações B2C eram tributadas.
Esse novo cenário facilita um monitoramento mais efetivo do crescimento da Temu no Brasil, diferentemente do que ocorreu com o surpreendente crescimento da Shein antes de 2021.
A partir de agosto de 2023, a nova regulamentação estabelece que apenas as compras de até US$ 50 feitas por empresas registradas no programa estão isentas de impostos, enquanto outras ainda estão sujeitas a uma alíquota de 60% sobre importações.

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