Renda variável: o que e quais são os ativos dessa categoria?
A renda variável é um segmento do mercado de investimentos voltado para aqueles que desejam obter rendimentos maiores, mesmo que na prática, isso resulte em riscos consideráveis. Neste artigo, vamos desvendar o universo da renda variável, esclarecendo as principais características desse mercado e dos ativos que compõem a categoria. Para saber mais, eliminar suas dúvidas e conferir o que separamos para você, continue conosco até o final do artigo.
O que é renda variável?
A renda variável é uma categoria de investimentos em que os retornos não são fixos e podem variar ao longo do tempo. Os ativos de renda variável são influenciados por diversos fatores, como oferta e demanda, condições econômicas, desempenho das empresas e eventos geopolíticos. Essa natureza dinâmica proporciona a oportunidade de obter retornos mais expressivos, mas também traz consigo um nível mais elevado de risco e volatilidade em comparação com a renda fixa. Investir em renda variável exige uma compreensão mais aprofundada do funcionamento do mercado, análise de empresas, e a capacidade de tolerar oscilações nos valores dos ativos. Essa é uma opção mais indicada para investidores que buscam maior potencial de retorno, possuem um horizonte de investimento no longo prazo e conseguem lidar com a volatilidade inerente aos mercados financeiros.
Quais são os ativos da renda variável?
Quais são os ativos da renda variável? Como vimos no tópico anterior, a renda variável é composta por instrumentos financeiros cujos retornos não são fixos e estão sujeitos às flutuações do mercado. Agora, é hora de conhecer os principais ativos da renda variável e suas características mais relevantes. Continue a leitura!
1.Ações
Açõesrepresentam a propriedade de parte de uma empresa e são um dos principais ativos de renda variável. Ao comprar ações, o investidor se torna acionista, o que significa que ele detém uma participação no capital social da companhia. Confira algumas características desse tipo de ativo:
- Compra e venda: Os investidores podem comprar ações no mercado financeiro por meio de bancos e corretoras. As transações ocorrem na bolsa de valores, onde os compradores e vendedores negociam eletronicamente os preços das ações.
- Propriedade e direitos: Ao adquirir ações de uma empresa, o investidor se torna proprietário de uma parcela do negócio, o que pode lhe conferir o direito a uma parte dos lucros distribuídos na forma de dividendos e o direito a voto em assembleias de acionistas para assuntos relevantes.
- Dividendos: As empresas podem distribuir parte de seus lucros aos acionistas na forma de dividendos. Esses pagamentos costumam ser feitos periodicamente e garantem uma fonte de renda passiva para os investidores.
- Valorização e desvalorização: O preço das ações varia de acordo com a oferta e demanda no mercado. Se mais investidores estiverem interessados em comprar uma ação do que vendê-la, o preço tende a subir, e vice-versa.
- Riscos: Investir em ações envolve riscos, pois os preços podem ser afetados por uma variedade de fatores, incluindo condições econômicas, desempenho da empresa, notícias de mercado e eventos geopolíticos.
- Tipos de ações: Existem diferentes tipos de ações, incluindo ações ordinárias (que conferem direito a voto nas assembleias) e ações preferenciais (que contam com prioridade no recebimento de dividendos).
Investir em ações oferece ao investidor a oportunidade de participar do crescimento das empresas e lucrar com elas, mas é importante ter conhecimento dos riscos envolvidos e realizar uma análise fundamentalista cuidadosa antes de tomar decisões de investimento.
2.Fundos Imobiliários
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma opção interessante para investidores que buscam exposição ao mercado imobiliário sem a necessidade de adquirir propriedades diretamente. Esses fundos, permitem que os investidores adquiram cotas e participem coletivamente de empreendimentos imobiliários. Confira detalhes e características:
- Estrutura dos FIIs: Os FIIs são constituídos sob a forma de condomínios fechados, nos quais os investidores se tornam cotistas ao adquirir cotas do fundo. O patrimônio do FII é composto por ativos imobiliários, como edifícios comerciais, shoppings, hospitais ou títulos lastreados em imóveis.
- Rendimentos e distribuição: Uma das principais características dos FIIs é a distribuição de rendimentos. Conforme os ativos do fundo geram receitas, uma parcela desses ganhos é distribuída periodicamente aos cotistas na forma de proventos.
- Tipos de fundos: Existem diversos tipos de FIIs, cada um com uma estratégia específica. Alguns investem em imóveis comerciais, enquanto outros adquirem títulos lastreados em ativos imobiliários. Há também fundos especializados em imóveis ligados a setores como logística, educação, saúde, entre outros.
- Valorização das cotas: Além dos rendimentos, a valorização das cotas é outra forma de retorno para os investidores. Se os ativos imobiliários sobem de valor, as cotas do fundo também tendem a se valorizar.
- Liquidez e negociação: As cotas de FIIs são negociadas em bolsa de valores, sendo possível comprar ou vender cotas a qualquer momento durante o horário de negociação do mercado.
- Gestão profissional: A gestão do FII é realizada por gestores profissionais, que decidem sobre a compra, venda e administração de ativos.
- Riscos: Os riscos associados aos FIIs incluem variações no mercado imobiliário, inadimplência de locatários e mudanças nas taxas de juros.
Os fundos imobiliários são uma boa alternativa para quem busca exposição ao mercado imobiliário de forma diversificada e com gestão profissional. No entanto, é muito importante que os investidores compreendam a natureza dos ativos, avaliem os riscos envolvidos e alinhem a compra e venda de cotas aos seus objetivos.
3.BDRs
Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) surgiram como uma ponte para investidores brasileiros acessarem ativos internacionais sem a necessidade de realizar investimentos diretos em mercados estrangeiros. Os BDRs são certificados representativos de valores mobiliários emitidos no Brasil que têm como lastro ações de companhias estrangeiras. Veja como esse tipo de ativo funciona:
- Funcionamento dos BDRs: Os BDRs são emitidos no mercado brasileiro por instituições financeiras autorizadas, representando ações de empresas estrangeiras.
- Categorias de BDRs: Existem diferentes categorias de BDRs, incluindo BDR Nível I, BDR Nível II e BDR Nível III, cada uma delas, com diferentes níveis de governança e requisitos.
- Acesso a ativos globais: Os BDRs possibilitam que investidores brasileiros se exponham ações de grandes empresas internacionais, como Google, Amazon, Microsoft, Tesla, Apple e Tesla.
- Negociação no mercado brasileiro: A negociação de BDRs ocorre na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), facilitando a compra e venda desses instrumentos por investidores brasileiros.
- Riscos cambiais: Investir em BDRs expõe os investidores aos riscos cambiais, uma vez que as oscilações nas taxas de câmbio podem impactar o valor dos ativos.
Os BDRs são uma opção viável para investidores brasileiros que desejam diversificar seus investimentos, acessando ativos internacionais. No entanto, como estamos falando de renda variável, é importante que os investidores compreendam os riscos associados a esse tipo de ativo, incluindo flutuações cambiais, resultados das empresas e fatores de mercado.
4.ETFs
Os Exchange Traded Funds (ETFs) são instrumentos financeiros que ganharam destaque como uma forma eficiente de investir, por oferecer, diversificação, liquidez e acesso a uma ampla variedade de ativos. Confira algumas características desse tipo de aplicação financeira:
- Definição e estrutura: ETFs são fundos de investimento negociados em bolsa, que buscam replicar o desempenho de um índice específico, como o Ibovespa, S&P 500, entre outros.
- Negociação em Bolsa: As cotas de ETFs são negociadas em bolsa da mesma forma que as ações individuais, o que proporciona liquidez e capacidade de comprar ou vender cotas ao longo do dia, durante o horário de funcionamento do mercado.
- Flexibilidade de investimento: Os ETFs oferecem maior flexibilidade aos investidores, permitindo que eles construam portfólios diversificados de maneira simples e eficiente.
Vale destacar que antes de investir nesse tipo de ativo é muito importante entender o índice que o ETF busca replicar, bem como, os custos e impostos associados a esse tipo de ativo.
5.Fundos de Renda Variável
Os fundos de renda variável são veículos de investimento que buscam retornos por meio da aplicação em ativos sujeitos a variações de mercado, principalmente em ações. Esses fundos oferecem aos investidores a oportunidade de participar do potencial de valorização das empresas, ao mesmo tempo em que delegam a gestão a profissionais especializados.
- Composição da carteira: A carteira de um fundo de renda variável costuma ser composta principalmente por ações de empresas constituídas em bolsa de valores. A alocação exata pode variar de acordo com a estratégia do fundo e as condições do mercado.
- Gestão ativa: Os gestores do fundo têm flexibilidade para tomar decisões de compra e venda de ativos com o objetivo de alcançar e superar um índice de referência.
- Riscos e volatilidade: A natureza da renda variável implica em maior volatilidade e riscos associados. O valor das ações pode variar significativamente devido a fatores como condições econômicas, desempenho da empresa e eventos de mercado.
- Potencial de retorno: Os Fundos de Renda Variável oferecem um potencial de retorno mais elevado em comparação com os fundos de renda fixa. No entanto, isso vem acompanhado de um maior grau de incerteza e risco.
- Diversificação: Para mitigar riscos, muitos fundos diversificaram suas carteiras, investindo em ações de diferentes setores e regiões. A diversificação é uma estratégia fundamental para reduzir a exposição a eventos específicos do mercado.
- Horizonte de investimento: Investir em Fundos de Renda Variável geralmente é mais adequado para aqueles com um horizonte de investimento de médio a longo prazo.
- Taxas de administração e desempenho: Os fundos de renda variável cobram taxas de administração para cobrir os custos de gestão. Além disso, alguns podem cobrar taxas de desempenho quando superam determinados benchmarks.
Na prática, os fundos de renda variável são ferramentas valiosas para investidores que buscam investir em ações, mas desejam delegar suas decisões de investimentos para gestores profissionais.
6.Criptomoedas
As criptomoedas representam uma inovação no cenário financeiro, pois são uma forma digital de dinheiro que opera de maneira descentralizada e utiliza criptografia para garantir transações seguras. Confira as principais características desse tipo de ativo:
- Definição: Criptomoedas são formas de dinheiro digital que utilizam criptografia para garantir a segurança das transações e controlar a criação de novas unidades.
- Descentralização: A característica central desse tipo de ativo é a descentralização, eliminando a necessidade de intermediários, como bancos.
- Blockchain: A maioria das criptomoedas opera com base uma tecnologia chamada blockchain, um registro público e distribuído de todas as transações, que garante a segurança das operações.
- Mineração: A maioria das criptomoedas utiliza o processo de mineração para validar adicionar novos blocos à blockchain. Os mineradores utilizam poder computacional para resolver problemas complexos, sendo recompensados com novas moedas como resultado.
- Volatilidade: O mercado de criptomoedas é conhecido por sua extrema volatilidade. Os preços experimentam variações acentuadas em curtos períodos de tempo, oferecendo oportunidades de lucro, mas também aumentando os riscos.
- Carteiras digitais: Para armazenar criptomoedas, os usuários podem utilizar carteiras digitais. Existem carteiras online, offline, de hardware e de papel, cada uma com diferentes níveis de segurança e acessibilidade.
Investir em criptomoedas é um grande risco, pois enquanto alguns afirmam ganhar muito com a volatilidade das moedas digitais, outros já perderam muito dinheiro.
Para quem a renda variável é indicada?
Para quem a renda variável é indicada? A renda variável é mais indicada para investidores que têm um perfil mais arrojado e desejam assumir maior risco em busca de retornos mais elevados. Como vimos nos tópicos anteriores, essa categoria de investimento envolve ativos cujos retornos não são fixos e estão sujeitos a oscilações do mercado. Sendo assim, a renda variável costuma ser mais indicada para: Horizonte de investimento a longo prazo:
- Investir em renda variável costuma ser mais interessante para quem tem um horizonte de investimento a longo prazo, já que flutuações de curto prazo podem ser significativas.
- Para investir em renda variável o investidor deve ter maior grau de tolerância ao risco e com possíveis perdas.
- A renda variável oferece ao investidor a oportunidade de alcançar retornos mais expressivos em comparação com a renda fixa. No entanto, esse potencial de ganho vem acompanhado de um risco maior.
- A renda variável exige um grau de entendimento mais profundado do funcionamento do mercado e disponibilidade para acompanhar o noticiário financeiro.
- Investidores que buscam diversificação em suas carteiras podem considerar a alocação de parte dos seus ativos de renda variável.
Para reduzir os riscos ao investir em ativos da renda variável, você pode fazer uso da análise fundamentalista e recorrer a ferramentas como o Investidor 10 PRO.
Como investir em ativos de renda variável?
Investir em ativos de renda variável, requer planejamento e conhecimento. No entanto, é mais fácil do que a maior parte das pessoas imagina. Confira as orientações para investir em renda fixa, no passo a passo abaixo: 1.Defina seus objetivos: Defina metas financeiras específicas e realistas. Seja claro sobre o que espera alcançar com seus investimentos em renda variável e em que prazo. 2.Escolha uma corretora: Abra sua conta em uma corretora de valores que ofereça uma plataforma de negociação fácil de usar e taxa zero. 3.Diversifique sua carteira: Evite colocar todos os seus recursos em apenas um ativo. A diversificação ajuda a reduzir o risco, distribuindo os investimentos por diferentes setores e empresas. 4.Faça uma análise de ativos: Antes de investir, procure fazer uma análise detalhada com relação aos ativos nos quais, você possui interesse. 5.Envie ordens de compra e venda: Por fim, através da sua corretora, envie ordens para compra e venda dos ativos de seu interesse. Lembre-se de que investir em renda variável envolve riscos e, que em função disso, é importante estar preparado para aceitar possíveis perdas. Deseja saber mais sobre investimentos, ter sucesso nas suas decisões como investidor e multiplicar o seu patrimônio? Se a sua resposta foi “Sim”, siga essas dicas:
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