Como fazer o dinheiro trabalhar para você?
As empresas de capital aberto são as protagonistas do mercado de capitais brasileiro.
Por meio delas que investidores de todos os perfis, do pequeno aplicador pessoa física a grandes fundos institucionais, podem se tornar sócios de companhias que movimentam trilhões de reais em valor de mercado na B3, a bolsa de valores do Brasil.
Mas o que exatamente significa “abrir o capital”? Por que algumas empresas escolhem esse caminho e outras permanecem com o capital fechado?
E, principalmente, quais são as empresas de capital aberto mais relevantes da B3 atualmente?
Neste artigo você vai entender o que define uma empresa de capital aberto, o processo de listagem na bolsa, suas vantagens e desafios, além de conhecer as companhias mais valiosas do mercado brasileiro em 2025. Confira a seguir!
Uma empresa de capital aberto é uma sociedade anônima (S.A.) autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a emitir e negociar valores mobiliários, como ações, debêntures, bônus de subscrição e notas promissórias, junto ao público investidor.
Em termos simples, trata-se de uma empresa que “divide” parte de seu valor em ações e as disponibiliza no mercado, permitindo que qualquer pessoa possa comprá-las.
Ao fazer isso, a organização passa a ter acionistas, ou seja, sócios na proporção da quantidade de ações que possuem.
As ações são negociadas na B3, a bolsa de valores oficial do nosso país, podendo ser compradas e vendidas diariamente, de forma eletrônica e segura.
O capital social de uma empresa representa o total de recursos investidos pelos sócios para a criação e manutenção do negócio.
Quando a companhia é de capital fechado, suas ações pertencem apenas a um grupo restrito de investidores e não podem ser negociadas publicamente.
Já uma empresa de capital aberto torna parte dessas ações disponíveis ao mercado, permitindo que novos investidores entrem como sócios.
Esse processo é conhecido como abertura de capital e normalmente ocorre por meio de uma Oferta Pública Inicial de Ações, o famoso IPO (Initial Public Offering).
Após o IPO, as ações passam a ser negociadas na B3 sob um ticker, (código que identifica o papel) e o preço delas passa a oscilar conforme a oferta e demanda do mercado.
Abrir o capital é uma decisão estratégica de longo prazo. Entre os principais motivos que levam uma empresa a ingressar na bolsa, estão:
💰 Captação de recursos: A principal vantagem é poder captar grandes quantias de dinheiro vendendo ações, sem a necessidade de contrair dívidas bancárias.
📈 Crescimento e expansão: Com o dinheiro arrecadado, a empresa pode investir em novos projetos, ampliar sua estrutura, adquirir concorrentes ou entrar em outros mercados.
🌐 Visibilidade e credibilidade: Companhias listadas na B3 passam a ser acompanhadas por analistas, investidores e pela mídia, ganhando maior exposição e reconhecimento.
🧾 Liquidez patrimonial: As ações tornam-se uma moeda de troca valiosa, que pode ser utilizada em fusões, aquisições e operações estratégicas.
👨💼 Governança corporativa: O processo de abertura de capital exige que a empresa adote práticas de transparência e gestão profissionalizada, o que melhora sua imagem junto ao mercado.
Por outro lado, tornar-se uma companhia aberta também traz obrigações e desafios, e é sobre isso que falaremos a seguir.
O processo de abertura de capital é complexo e pode durar até 24 meses, dependendo do porte e da estrutura da empresa. De modo geral, ele segue cinco etapas:
1. Preparação
É o momento em que a companhia avalia sua estrutura organizacional, financeira e de governança. Nessa fase, ela precisa:
Ser uma Sociedade Anônima (S/A);
Ter balanços auditados dos últimos três anos;
Constituir um Conselho de Administração;
Designar um Diretor de Relações com Investidores (RI);
E criar processos internos de controle e transparência.
2. Escolha de assessores
A empresa contrata bancos de investimento, auditores, advogados e consultorias de comunicação.
Esses parceiros ajudarão na estruturação da oferta e na comunicação com o mercado.
3. Registro na CVM e na B3
A companhia solicita o registro de companhia aberta à CVM e escolhe em qual segmento de governança da B3 será listada (Novo Mercado, Nível 2, Nível 1 ou Bovespa Mais).
Cada segmento possui diferentes exigências de transparência e proteção aos acionistas.
4. Divulgação e roadshow
Antes do IPO, a empresa realiza uma série de apresentações a investidores (roadshow) para explicar sua história, estratégia, projeções e metas.
É também o momento de definir a faixa de preço das ações, ou seja, o valor pelo qual a empresa pretende vender suas ações ao abrir capital.
5. Oferta pública (IPO)
Por fim, ocorre o lançamento oficial das ações no mercado (IPO). As ações passam a ser negociadas na B3 e o capital arrecadado é direcionado para a empresa.
As empresas de capital aberto podem captar recursos de diferentes formas. Os principais instrumentos são:
Ações ordinárias (ON): Tipo de ação, que garante direito a voto nas assembleias e participação nos lucros.
Ações preferenciais (PN): Tipo de ação, que garante prioridade na distribuição de dividendos, mas geralmente não oferecem direito a voto.
Debêntures: Títulos de dívida emitidos para financiar projetos; o investidor recebe juros como remuneração.
Bônus de subscrição: Permitem ao investidor comprar novas ações futuramente, a preço pré-determinado.
Esses instrumentos tornam o mercado de capitais dinâmico, diversificado e acessível tanto para empresas quanto para investidores.
Para o investidor, comprar ações de companhias abertas é uma forma de participar dos lucros e do crescimento dessas empresas.
Na prática, as principais vantagens são:
Potencial de valorização: Se a empresa cresce e lucra, o preço de suas ações tende a subir.
Dividendos: Parte do lucro gerado pela empresa é distribuído periodicamente aos acionistas.
Liquidez: É possível vender as ações a qualquer momento no mercado.
Transparência: Empresas de capital aberto são obrigadas a divulgar seus resultados e fatos relevantes.
Diversificação: O investidor pode montar uma carteira com diferentes setores e estratégias.
Porém, vale lembrar que o mercado de ações envolve riscos de volatilidade e exige conhecimento, disciplina e visão de longo prazo.
O processo de IPO é caro e pode consumir milhões de reais, sendo portanto, um dos fatores que impedem muitas empresas de abrir capital.
Entre os custos mais relevantes estão:
Honorários de bancos coordenadores e assessores;
Auditorias e consultorias financeiras;
Despesas jurídicas e registros regulatórios;
Taxas cobradas pela CVM e pela B3;
Campanhas de comunicação e marketing.
Além disso, após a listagem, a empresa passa a arcar com custos recorrentes de manutenção, como auditorias anuais, relatórios financeiros e reuniões de conselho.
Por isso, o IPO é viável, em geral, para empresas de médio e grande porte, que já possuem histórico de resultados e estrutura sólida.
|
Característica |
Capital Aberto |
Capital Fechado |
|
Negociação de ações |
Bolsa de valores (B3) |
Privada, entre sócios |
|
Transparência |
Alta – fiscalização da CVM e B3 |
Menor, informações restritas |
|
Captação de recursos |
Por meio de ações e debêntures |
Limitada ao aporte dos sócios e empréstimos bancários |
|
Custos regulatórios |
Elevados |
Reduzidos |
|
Governança corporativa |
Obrigatória e auditada |
Opcional |
|
Participação de novos sócios |
Livre no mercado |
Sujeita à aprovação dos atuais sócios |
As empresas listadas na bolsa são obrigadas a divulgar seus dados financeiros e operacionais de forma pública.
Você pode consultar:
Site de Relações com Investidores (RI) de cada empresa;
Portal da B3, na seção “Empresas Listadas”;
Site da CVM, com acesso aos registros oficiais;
E claro, o Investidor10, que reúne indicadores, cotações, gráficos e balanços atualizados de todas as companhias da bolsa.
No Investidor10, é possível filtrar empresas por setor, capitalização de mercado, dividend yield, P/L, margem líquida e dezenas de outros indicadores fundamentais para a análise de investimentos.
O mercado brasileiro conta com mais de 400 companhias listadas, mas apenas algumas concentram a maior parte do valor de mercado e da liquidez.
Entre as principais empresas de capital aberto da B3, podemos destacar:
1. Petrobras (PETR3 / PETR4)
A Petrobras (PETR3/PETR4) continua sendo a empresa mais valiosa do Brasil, com valor de mercado acima de R$ 500 bilhões.
A empresa atua em exploração, refino e distribuição de petróleo e gás natural, e é uma das gigantes globais do setor de energia. Suas ações são negociadas por investidores nacionais e estrangeiros.
2. Vale (VALE3)
A Vale (VALE3) é uma das maiores mineradoras do mundo e líder global na produção de minério de ferro e níquel. A companhia possui presença em mais de 30 países e tem papel fundamental nas exportações brasileiras.
Vale destacar que o desempenho da empresa está fortemente ligado às cotações internacionais das commodities metálicas.
3. Itaú Unibanco (ITUB4)
O Itaú (ITUB3/ITUB4) é o maior banco privado da América Latina, referência em inovação e rentabilidade.
Com atuação diversificada em crédito, investimentos e seguros, o Itaú é uma das empresas mais estáveis do Brasil.
4. Ambev (ABEV3)
Controlada pela AB InBev, a Ambev (ABEV3) é a maior cervejaria da América Latina e dona de marcas como Skol, Brahma e Antarctica.
A companhia é conhecida por sua eficiência operacional e forte distribuição de dividendos.
5. Weg (WEGE3)
A Weg (WEGE3) é um exemplo de sucesso industrial brasileiro. Líder global em motores elétricos, automação e energia renovável, a empresa combina crescimento constante com alto nível de governança.
Costuma ser uma das ações “queridinhas” de investidores que buscam o longo prazo e fundamentos sólidos.
6. Bradesco (BBDC3 / BBDC4)
Tradicional no setor financeiro, o Bradesco (BBDC3/BBDC4) é uma das instituições mais sólidas do país.
Além de serviços bancários, a instituição tem forte atuação em seguros e previdência, setores que garantem receitas previsíveis.
7. Banco do Brasil (BBAS3)
Controlado pelo governo federal, o Banco do Brasil (BBAS3) costuma ser uma opção para investidores que buscam estabilidade e rentabilidade.
Normalmente, o Banco do Brasil se destaca por ser uma das empresas que mais distribui dividendos aos seus acionistas.
8. Suzano (SUZB3)
A Suzano (SUZB3) é líder mundial em celulose e papel, com forte foco em sustentabilidade e inovação florestal.
Sua atuação internacional garante receita em dólar, o que protege a empresa em momentos de alta do câmbio.
9. BTG Pactual (BPAC11)
O BTG Pactual (BPAC11) se consolidou como o maior banco de investimentos da América Latina.
Além de atuar no mercado financeiro, o grupo expandiu para áreas de gestão de patrimônio, seguros e tecnologia.
10. Raízen (RAIZ4)
Joint venture entre Cosan e Shell, a Raízen (RAIZ4) é uma das maiores produtoras de etanol e energia renovável do mundo, sendo uma referência em transição energética e biocombustíveis.
Para saber mais e conferir um ranking completo, das empresas de capital aberto, por valor de mercado, confira o Ranking de Ações de Maiores Valor de Mercado.
Investir em ações é mais simples do que parece. Em poucos passos, qualquer pessoa pode se tornar sócia de grandes empresas listadas na B3:
Abra conta em uma corretora: Escolha uma instituição autorizada pela B3, faça o cadastro e transfira dinheiro via PIX ou TED.
Pesquise as empresas: Use plataformas como o Investidor10 para comparar indicadores, histórico de resultados e setores antes de investir.
Escolha as ações e o valor a investir: Cada empresa tem um código (ticker), como PETR4 ou ITUB4. Defina quanto deseja aplicar e quantas ações comprar.
Emita a ordem de compra: No home broker da corretora, escolha entre ordem “a mercado” (compra imediata) ou “limitada” (compra ao preço que você definir).
Acompanhe seus investimentos: Monitore balanços, dividendos e notícias relevantes. Mantenha uma visão de longo prazo e diversifique sua carteira.
Comprar ações é o primeiro passo para construir patrimônio investindo em empresas reais, participando do crescimento de companhias que fazem parte do dia a dia dos brasileiros.
As empresas de capital aberto desempenham um papel central na economia brasileira. Ao ingressar na B3, ganham acesso a novas fontes de financiamento, ampliam sua visibilidade e fortalecem suas práticas de governança corporativa.
Para o investidor, empresas de capital aberto representam oportunidades reais de participar do crescimento das maiores empresas do país, lucrando com a valorização das ações e com o recebimento de dividendos.
Acompanhar o desempenho dessas empresas é fundamental para entender as tendências do mercado e identificar as melhores oportunidades de investimento.
No Investidor10, você encontra análises detalhadas, notícias atualizadas e conteúdos completos sobre empresas de capital aberto, ajudando você a tomar decisões mais seguras e rentáveis.
E se quiser ir além, o Investidor10 PRO oferece ferramentas exclusivas, como carteiras recomendadas, preço justo dos ativos, histórico de proventos e muito mais, tudo para alavancar seus resultados como investidor.
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