Vale (VALE3) puxa Ibovespa para cima e Nasdaq bate recorde; dólar atinge R$ 5,56

O desempenho foi sustentado, principalmente, pela valorização das ações da Vale, impulsionadas pelo minério de ferro.

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Publicado em 16/07/2025 às 18:00h - Atualizado 9 horas atrás Publicado em 16/07/2025 às 18:00h Atualizado 9 horas atrás por Matheus Silva
Enquanto isso, o dólar à vista subiu 0,07%, fechando em R$ 5,5619 (Imagem: Shutterstock)
Enquanto isso, o dólar à vista subiu 0,07%, fechando em R$ 5,5619 (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Ibovespa fechou o pregão desta quarta-feira (16) com uma alta de 0,19%, chegando aos 135.510,99 pontos.

O desempenho foi sustentado, principalmente, pela valorização das ações da Vale (VALE3), impulsionadas pelo minério de ferro, e pelo otimismo nos mercados norte-americanos.

Enquanto isso, o dólar à vista subiu 0,07%, fechando em R$ 5,5619, refletindo as incertezas geradas pelo acirramento das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, após a abertura de uma investigação por parte da administração de Donald Trump sobre práticas comerciais brasileiras.

Ações de peso ajudam o Ibovespa

A mineradora Vale liderou os ganhos entre as blue chips, revertendo perdas recentes e fechando em alta de quase 1%, acompanhando a valorização do minério de ferro na China, que subiu 1,05%, sendo negociado a US$ 107,76 por tonelada no contrato de setembro.

Outro destaque positivo foi o GPA (PCAR3), que disparou mais de 10% após a família Diniz, fundadora do grupo, elevar sua participação acionária para 17,7%.

O movimento foi bem recebido pelo mercado e contribuiu para impulsionar o papel no dia.

Em contrapartida, a Usiminas (USIM5) figurou entre as maiores quedas após o Goldman Sachs rebaixar sua recomendação de compra para neutra e cortar o preço-alvo de R$ 8,40 para R$ 5,20.

Segundo o banco, a siderúrgica ainda enfrenta desafios cíclicos e estruturais relevantes.

➡️ Leia mais: Governo dos EUA abre investigação comercial contra o Brasil

EUA pressionam Brasil e elevam tensão no câmbio

No câmbio, o leve avanço do dólar reflete o clima de cautela diante da nova ofensiva comercial dos Estados Unidos contra o Brasil.

A Casa Branca anunciou ontem (15) a abertura de uma investigação formal para apurar se políticas brasileiras estariam prejudicando empresas norte-americanas — o que pode resultar em novas tarifas de importação.

Em resposta, o governo brasileiro, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), enviou uma carta aos EUA pedindo diálogo.

Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou a medida como “inacreditável” e afirmou que a reação brasileira será com “serenidade, firmeza e altivez”.

Wall Street sobe com rumores sobre Powell e inflação controlada

Os principais índices dos EUA encerraram em alta. O destaque foi o Nasdaq, que renovou sua máxima histórica nominal, subindo 0,26%, aos 20.730,49 pontos. O Dow Jones avançou 0,53% e o S&P 500 teve alta de 0,32%.

O mercado reagiu a rumores sobre a possível demissão de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). De acordo com o New York Times, o presidente Trump teria cogitado a exoneração de Powell devido à resistência em cortar os juros. Apesar disso, Trump declarou que a demissão é “altamente improvável”, mas não descartou completamente a possibilidade.

Além das especulações, o índice de preços ao produtor (PPI) veio estável, contrariando expectativas de alta de 0,2% e contribuindo para reforçar a tese de controle da inflação nos Estados Unidos.

➡️ Leia mais: Brasil não vale o risco? A dura avaliação estrangeira sobre a economia brasileira

Queda na Europa e Ásia

Na Ásia, o pregão foi de leve queda, com o índice Nikkei recuando 0,04% e o Hang Seng caindo 0,29%, em meio a preocupações com o acordo entre Estados Unidos e Indonésia.

📈 Na Europa, o índice Stoxx 600 caiu 0,57%, com 541,84 pontos, refletindo as incertezas nas negociações comerciais entre EUA e União Europeia.

VALE3

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