Vale (VALE3) deve apresentar novo plano estratégico nesta 3ª feira
O CEO da companhia prometeu apresentar a Visão Vale 2030 no Vale Day, marcado para esta 3ª feira.

A Vale (VALE3) realiza nesta terça-feira (3) o seu encontro anual com o mercado, o Vale Day. E a expectativa é de que a companhia apresente o seu planejamento estratégico para os próximos cinco anos, a Visão Vale 2030.
🎯 O plano foi prometido pelo CEO da Vale, Gustavo Pimenta. Ao apresentar os resultados da Vale no terceiro trimestre, Pimenta disse que a Visão Vale 2030 estava sendo desenhada de acordo com as "principais áreas de foco daqui para a frente" e seria detalhada no Vale Day.
Pimenta, no entanto, já adiantou os três pilares desse planejamento:
- foco em resultados, com aumento da competividade e redução dos custos;
- melhora do portfólio, com o avanço da estratégia de minério de ferro premium e da produção de metais importantes para o processo de transição energética, como cobre e níquel;
- melhora do relacionamento institucional com stakeholders como o governo.
O que espera o Itaú BBA?
⚒️ Diante disso, o Itaú BBA espera que a Vale reafirme o guidance que prevê a produção anual de 340 a 360 milhões de toneladas de minério de ferro no médio prazo. Contudo, dê detalhes de como vai ganhar flexibilidade operacional para fornecer minério de alta qualidade e reduzir custos.
A expectativa do Itaú é de que a Vale trabalhe para reduzir o custo caixa C1 do minério de ferro para menos de US$ 20 por tonelada e o custo de entrega na China para menos de US$ 50 a tonelada.
Além disso, os analistas contam com um aumento da produção do segmento de metais básicos, de forma que a produção de cobre atinja 500 mil toneladas anuais até 2028 e que o segmento passe a representar uma parcela maior do Ebitda consolidado da mineradora.
O Itaú BBA ainda mostrou apreço pelos esforços da Vale de melhorar os relacionamentos institucionais, dizendo que isso facilita as operações e o crescimento da empresa.
Segundo o CEO da Vale, o acordo de reparação de danos referente ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), foi o primeiro passo dessa estratégia. O Itaú BBA lembrou, contudo, que a Vale também deve avançar na discussão sobre as concessões ferroviárias e no decreto que trata da exploração de cavernas, que foi suspenso pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas poderia ampliar a produção em Carajás.
Fusões e aquisições
Na véspera do Vale Day, a Vale também anunciou a conclusão da compra de uma participação de 15% na Anglo American Minério de Ferro Brasil, empresa que atualmente detém o complexo Minas-Rio.
A Vale pagou US$ 30 milhões e entregou os ativos de Serra da Serpentina para a Anglo American. Em contrapartida, passará a receber a parcela proporcional da produção do Minas-Rio.
Diante de notícias sobre uma eventual compra da Bamin, no entanto, a Vale disse que "a potencial participação da Companhia em operações de aquisição, desinvestimento ou joint venture, ou outras oportunidades de negócios, é avaliada à luz de suas prioridades estratégicas". Contudo, afirmou que "não há qualquer informação relevante a divulgar ao mercado como resultado dessa prospecção no momento".
XP e Safra cortam recomendação
📉 A XP e o Banco Safra, no entanto, mostraram preocupação com o mercado de minério de ferro e cortaram a recomendação para as ações da Vale nesta segunda-feira (2).
A XP rebaixou a recomendação para neutro, com um preço-alvo de R$ 66,00 por ação para 2025. Já o Safra agora recomenda a venda dos papeis e tem um preço-alvo de R$ 68 para as ações da Vale.
Em relatório, a XP argumentou que a demanda do setor imobiliário pelo minério de ferro é incerta e prevê uma redução do preço da commodity. Para a XP, o preço da tonelada do minério de ferro deve sair dos atuais R$ 100 para cerca de US$ em 2025 e US$ 85 a partir de 2027.

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