Última chance: Prazo para resgatar 'dinheiro esquecido' termina nesta quarta (16)

São R$ 8,6 bilhões disponíveis, distribuídos entre contas de pessoas físicas e jurídicas, incluindo valores não resgatados por falecidos.

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Publicado em 14/10/2024 às 08:32h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 14/10/2024 às 08:32h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
Mais de 940 mil brasileiros possuem quantias superiores a R$ 1.000 para retirar (Imagem: Shutterstock)
Mais de 940 mil brasileiros possuem quantias superiores a R$ 1.000 para retirar (Imagem: Shutterstock)

🚨 Milhões de brasileiros têm apenas até esta quarta-feira (16) para consultar e sacar valores esquecidos no Sistema de Valores a Receber (SVR), mantido pelo Banco Central do Brasil.

São R$ 8,6 bilhões disponíveis, distribuídos entre contas de pessoas físicas e jurídicas, incluindo valores não resgatados por falecidos.

A nova legislação, sancionada pelo presidente Lula, estabelece prazos rigorosos para a retirada desses recursos, e o não resgate pode resultar na incorporação desses valores ao Tesouro Nacional.

Como consultar e sacar o ‘dinheiro esquecido’

Para verificar se você ou sua empresa têm valores esquecidos, é preciso acessar o site oficial do Banco Central (https://valoresareceber.bcb.gov.br) e seguir os passos indicados.

O sistema exige a criação de uma chave PIX para a devolução dos montantes.

Caso não tenha uma chave cadastrada, é necessário entrar em contato com a instituição onde o valor está disponível ou criar uma nova chave para realizar o pedido.

Herdeiros e representantes legais também podem consultar valores de pessoas falecidas, seguindo um procedimento específico no mesmo portal.

O que acontece se os valores não forem resgatados?

💲 Aqueles que não realizarem o saque dentro do prazo terão seus recursos incorporados ao Tesouro Nacional, de acordo com a Lei nº 14.973/2024, que prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos de 17 setores até o final do ano.

Caso o valor não seja resgatado, ainda há um prazo adicional de 30 dias para contestação, e, após a publicação de edital pelo Ministério da Fazenda, o cidadão tem até seis meses para reivindicar judicialmente os recursos.

Após esse período, os valores serão contabilizados como receita primária do governo.

Quem tem direito ao resgate?

O Sistema de Valores a Receber revelou alguns números surpreendentes. De acordo com o Banco Central, uma única pessoa física tem R$ 11,2 milhões esquecidos, enquanto uma empresa pode resgatar até R$ 30,4 milhões.

Até agora, o maior saque registrado por uma pessoa física foi de R$ 2,8 milhões em julho de 2023.

A grande maioria dos beneficiários, no entanto, tem valores muito menores. Cerca de 63% das contas consultadas têm até R$ 10 disponíveis, representando 33 milhões de pessoas.

No outro extremo, mais de 940 mil brasileiros possuem quantias superiores a R$ 1.000 para retirar.

➡️ Leia mais: Uma única pessoa tem R$ 11 milhões esquecidos no Banco Central

A distribuição dos beneficiários por faixa de valor possui a seguinte classificação:

  • Acima de R$ 1.000,01: 940.024 contas (1,8% do total)
  • Entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 5,2 milhões de contas (9,94% do total)
  • Entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 13,1 milhões de contas (25,05% do total)
  • Até R$ 10,00: 33 milhões de contas (63,21% do total)

Como evitar golpes ao resgatar seu dinheiro

Com a popularidade do sistema, também aumentam os riscos de golpes. O Banco Central alerta que não envia links por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram.

Qualquer comunicação suspeita deve ser ignorada. Além disso, o Banco reforça que não cobra taxas para liberar os valores e que não existe a opção de resgatar os montantes via cartão de crédito.