Trabalhadores dos Correios aprovam greve em 7 estados

Além da greve nos 7 estados, outros 12 sindicatos optaram por manter o estado de greve.

Author
Publicado em 17/12/2025 às 09:59h - Atualizado Agora Publicado em 17/12/2025 às 09:59h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
Os trabalhadores cobram reajustes salariais compatíveis (Imagem: Shutterstock)
Os trabalhadores cobram reajustes salariais compatíveis (Imagem: Shutterstock)
⚠️ Trabalhadores dos Correios de pelo menos 7 estados brasileiros aprovaram, em assembleias realizadas na terça-feira (16), a deflagração de uma greve por tempo indeterminado, diante do impasse nas negociações com a direção da empresa por um novo acordo coletivo de trabalho. 
O movimento começou a valer a partir das 22h de terça-feira em locais como São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba, após frustrações com a falta de propostas que atendam às reivindicações da categoria. 
A decisão dos funcionários ocorre no cenário de uma crise financeira na ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos). Documentos internos obtidos pela reportagem do Jornal Nacional mostram que a direção da estatal foi alertada há cerca de dois anos pelo conselho fiscal sobre a possibilidade de a empresa ficar sem dinheiro.

O que pedem os trabalhadores?

Os trabalhadores cobram reajustes salariais compatíveis com a inflação, a manutenção de benefícios já existentes, como adicional de férias de 70%, pagamento em dobro nos fins de semana e o vale-peru de fim de ano no valor de R$ 2,5 mil, além de melhores condições de trabalho. 
🚨 Além da greve nos 7 estados, outros 12 sindicatos optaram por manter o estado de greve, sinalizando mobilização contínua caso não haja avanço nas conversas entre a ECT e os representantes sindicais. A direção dos Correios, por sua vez, argumenta que a atual situação financeira da empresa dificulta a aprovação de todos os pedidos apresentados. 

E o empréstimo com os bancos?

A situação financeira da companhia levou a negociações com instituições financeiras para obter um empréstimo, proposto por um consórcio formado pelos cinco maiores bancos do país, com a garantia de pagamento pela União. 
🏦 A primeira tentativa de socorro financeiro, que previa um crédito de até R$ 20 bilhões, foi frustrada após o Tesouro Nacional rejeitar a proposta inicial por considerar a taxa de juros de 136% do CDI alta demais. Após isso, os bancos voltaram às negociações e apresentaram a proposta formal de R$ 12 bilhões, com taxa de juros dentro do limite aceito pelo Tesouro.