Tesouro Direto: Venda de prefixados dispara 61% em meio a taxas recordes

O retorno do Tesouro Prefixado 2027 saltou de 12,93% para 14,02% em novembro e agora já supera os 15%.

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Publicado em 26/12/2024 às 15:37h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 26/12/2024 às 15:37h Atualizado 11 horas atrás por Marina Barbosa
Tesouro Direto teve a 2ª maior emissão líquida da história em novembro (Imagem: Shutterstock)
Tesouro Direto teve a 2ª maior emissão líquida da história em novembro (Imagem: Shutterstock)

Com o aumento do risco fiscal e da Selic, o Tesouro Direto vem registrando taxas recordes consecutivas. E esse movimento tem levado cada vez mais pessoas a investirem nos títulos públicos brasileiros.

💰 Em novembro, o Tesouro Direto obteve uma emissão líquida de R$ 2,462 bilhões. É o segundo maior valor da série histórica.

O saldo foi alcançado depois de investidores aplicarem R$ 5,763 bilhões nos títulos do Tesouro Direto, contra um resgate total de R$ 3,3 bilhões no mês.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, a maior parte desse valor foi aplicado em títulos indexados à inflação (R$ 2,5 bilhões) ou à Selic (R$ 2,33 bilhões). Contudo, a venda de títulos prefixados disparou no mês. A procura por esse tipo de título cresceu 61% em relação a outubro, chegando a R$ 932,6 milhões.

📈 O aumento das aplicações nos títulos públicos brasileiros ocorre na esteira do registro de taxas recordes no Tesouro Direto.

O Tesouro Prefixado 2027, por exemplo, oferecia um retorno de 12,93% no início de novembro, mas terminou o mês pagando 14,02%. No caso do Tesouro Prefixado 2031, a taxa subiu de 12,97% para 13,70% em novembro.

Essas taxas, no entanto, seguem batendo recordes neste mês de dezembro. O retorno do título prefixado de curto prazo, por exemplo, alcançou o patamar inédito dos 15,68% no último dia 18. Já o Tesouro Prefixado 2031 estava pagando 15,07% pela primeira vez na história na tarde desta quinta-feira (26).

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Marcação a mercado

💲 O aumento nas taxas de juros, no entanto, reduz o preço dos títulos que já estão no mercado. Por isso, quem já tinha títulos públicos na carteira provavelmente viu seu capital desvalorizar em novembro.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, apenas o Tesouro Selic teve uma rentabilidade positiva no mês. Já os títulos prefixados e atrelados à inflação ficaram no vermelho. O baque chegou a 19,60% no caso do Tesouro RendA+ 2065.

Diante disso, o Tesouro Nacional lembrou que os investidores só terão prejuízo se decidirem vender esses títulos antes da data de resgate. Carregando o título até o vencimento, fica garantida a rentabilidade acordada no momento da compra.

"Por exemplo, o Tesouro RendA+ 2065, que apresentou rentabilidade negativa em novembro, pagará, em seu vencimento, em torno de 6,59% a.a., acrescida da variação do IPCA no período, para aqueles que o adquiriram em 31/10/2024", disse o Tesouro.