Telegram se aproxima de 1 bilhão de usuários e fundador pensa em IPO

Segundo interlocutores, operação seria realizada na bolsa de Nova Iorque

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Publicado em 11/03/2024 às 16:05h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 11/03/2024 às 16:05h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Segundo Pavel Durov, empresa já teria recebido ofertas bilionárias de compra
Segundo Pavel Durov, empresa já teria recebido ofertas bilionárias de compra

O Telegram alcançou a marca de 900 milhões de usuários, afirmou o CEO e fundador, Pavel Durov. 

📱 Em entrevista ao jornal Financial Times, o executivo descartou a possibilidade de venda da plataforma, mas afirmou que fazer uma oferta pública de ações (IPO) está nos planos. Segundo ele, essa seria uma forma de democratizar o valor do serviço, mas deixando-o independente. 

O Telegram quase dobrou seu número de usuários desde 2021, se tornando um dos principais mensageiros ao redor do mundo. Recentemente, a empresa incluiu publicidade e serviço de assinatura, o que elevou o lucro anual. 

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“A principal razão pela qual começamos a monetizar é porque queríamos permanecer independentes”, disse o russo. “De um modo geral, vemos o valor em [um IPO] como um meio de democratizar o acesso ao valor do Telegram”, pontuou ao tabloide norte-americano. 

Durov comentou que a empresa já recebeu ofertas bilionárias de fundos de investimentos, mas descartou as tentativas. Embora o empresário não fale sobre qual lugar deve realizar a abertura de capital, interlocutores dizem que o mais provável é que a transação seja feita nos Estados Unidos

Estaria no radar da empresa, também, seguir o mesmo caminho do Reddit, e oferecer preferência de ações para usuários fieis.

“Isso [IPO] continua sendo uma possibilidade se quiséssemos arrecadar fundos, por exemplo, para alimentar nossas ambições relacionadas à [inteligência artificial]”

No meio da guerra

Em razão de suas regras de moderação menos rígida, o Telegram tem estado no centro das discussões políticas e de governo. O último caso foi referente à guerra entre Hamas e Israel, em que a rede social foi usada para programação de discurso de ódio

❌ Em outubro do ano passado, a plataforma chegou a restringir acesso a vários grupos associados ao Hamas. Em apenas um deles havia mais de 700 mil usuários participantes.

No entanto, os bloqueios só aconteceram depois de pressão do Google e da Apple, que, por serem donos dos sistemas operacionais, fizeram pressão sobre o aplicativo. Na ocasião, Pavel questionou se o bloqueio causaria algum impacto positivo na guerra

“Fechar o canal ajudaria a salvar vidas –ou colocaria mais vidas em risco? É sempre tentador agir de acordo com impulsos emocionais. Mas situações tão complexas exigem uma análise aprofundada que também deve ter em conta as diferenças entre plataformas sociais”, indagou o executivo.