Tarifaço: Governo adia por 2 meses recolhimento do Simples de empresas afetadas

💰 O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou a prorrogação por 2 meses no recolhimento de tributos de empresas atingidas pelo tarifaço aplicado pelos Estados Unidos, que elevou em 50% as alíquotas sobre produtos brasileiros. De acordo com resolução publicada no DOU (Diário Oficial da União), os tributos de setembro vencem em 21 de novembro e os de outubro em 22 de dezembro.

Os pagamentos de parcelamentos geridos pela Receita Federal e pela PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) também foram postergados. As parcelas originalmente previstas para setembro foram transferidas para o último dia útil de novembro, e as de outubro, para o último dia útil de dezembro.

Tarifaço de Trump

Os impostos sobre produtos brasileiros destinados ao mercado americano passaram a valer em 6 de agosto. A decisão foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em julho, por meio de uma carta enviada ao governo brasileiro, na qual vinculou a medida às investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por participação em uma suposta tentativa de golpe em 2022.

Apesar do governo Lula já ter autorizado a abertura do processo para aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica, também se mostra aberto para negociações. "Eu não tenho pressa de fazer qualquer coisa com a reciprocidade contra os EUA. Tomei a medida porque precisa andar o processo. Temos que dizer que nós também temos coisas para fazer contra os EUA, mas eu não tenho pressa, porque eu quero negociar", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Segundo Lula, se os EUA optarem por não importar mais do Brasil, o país não irá se lamentar e irá atrás de novos mercados. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil poderia discutir a inclusão da exploração de minerais críticos e terras raras nas negociações com os EUA, algo que já foi negado em outras ocasiões pelo presidente da República.

🚨 As taxas atingem uma ampla gama de produtos, especialmente café, carne bovina e frutas. Além disso, setores como o de máquinas agrícolas e industriais também foram impactados. O governo dos Estados Unidos também excluiu diversos itens da cobrança como suco de laranja, combustíveis, veículos, peças de avião e certos tipos de metais e madeira.

Lembrando que o Brasil também foi ameaçado pelos EUA por negociar com a Rússia. O país liderado por Lula é o quinto maior comprador de derivados de petróleo russo, o primeiro lugar é ocupado pela China, segundo informações do Centre for Research on Energy and Clean Air.