Tanure recua em disputa no GPA (PCAR3) e indica apenas um nome ao conselho
Em vez de manter a proposta de reestruturação do conselho de administração, o empresário indicou apenas um nome ao colegiado.

🚨 O investidor Nelson Tanure optou por uma postura mais conservadora na assembleia de acionistas do GPA (PCAR3) realizada nesta segunda-feira (05).
Em vez de manter a proposta de reestruturação ampla do conselho de administração — que incluía a substituição de todos os membros e a entrada de três indicados seus — o empresário decidiu indicar apenas um nome ao colegiado.
A decisão surpreendeu parte do mercado, já que Tanure vinha demonstrando forte apetite pela governança do grupo, controlado pela francesa Casino e dono da rede de supermercados Pão de Açúcar.
Estratégia ajustada diante da fragmentação de votos
Em entrevista à Reuters, Tanure justificou a mudança de planos afirmando que a intenção é “proteger o investimento” em meio ao cenário desafiador da companhia.
Com cerca de 7% das ações do GPA, o investidor havia articulado uma chapa própria, mas viu seu apoio diluir-se diante da entrada de outras frentes — entre elas, a liderada pelo investidor Rafael Ferri e a família Coelho Diniz, controladora da rede varejista homônima.
“Optamos por eleger apenas um candidato independente e de nossa confiança, com profundo conhecimento do varejo”, afirmou Tanure, indicando que seu plano mais ambicioso para a empresa foi momentaneamente suspenso.
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Rafael Ferri e família Diniz ganham espaço
Apesar do recuo de Tanure, a eleição de conselheiros movimentou os bastidores da varejista.
A chapa encabeçada por Rafael Ferri conquistou duas cadeiras no colegiado, reforçando uma nova frente de influência na governança do GPA. Ferri se disse disposto a colaborar com uma gestão mais transparente e eficiente da empresa.
“A companhia deveria valer muito mais. O preço das ações está muito abaixo do potencial”, disse Ferri, ao defender maior visibilidade sobre as ações estratégicas do grupo.
Tanure segue interessado na participação do Casino no Brasil
Desde que começou a adquirir ações do GPA no mercado, em 2023, Tanure demonstrou interesse em ampliar sua presença na companhia — inclusive com apetite declarado pela fatia detida pelo Casino.
A gigante francesa, por sua vez, tem acelerado sua reestruturação financeira global e avalia desinvestimentos.
Segundo fontes próximas à negociação, Tanure segue observando os movimentos do Casino, mas o momento político dentro da empresa impôs um compasso de espera à sua ofensiva.
O que esperar para o futuro do GPA?
📈 A disputa pelo conselho do GPA escancara o interesse crescente de investidores em destravar valor dentro da companhia, que ainda enfrenta dificuldades operacionais e uma percepção de mercado fragilizada.
Com a entrada de novas vozes na administração e a possível continuidade do movimento de reestruturação de capital, o GPA pode se tornar protagonista de uma nova onda de recuperação no setor varejista brasileiro.

PCAR3
Grupo Pão de AçúcarR$ 3,81
12,39 %
-12,81 %
0%
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0.64

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