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Selic alta recebe crítica de Haddad, o qual detalha alternativas à MP do IOF

Após derrota do governo Lula no Congresso Nacional pela MP 1303, equipe econômica muda estratégia.

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Publicado em 21/10/2025 às 18:23h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 21/10/2025 às 18:23h Atualizado 1 mês atrás por Lucas Simões
Para o ministro, a Selic está excessivamente restritiva (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
Para o ministro, a Selic está excessivamente restritiva (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, está em 15% ao ano, o seu maior patamar desde 2006, o que foi alvo de críticas do ministro da Fazenda Fernando Haddad nesta terça-feira (21), durante entrevista à GloboNews.
Para o chefe da equipe econômica do governo Lula, o nosso Banco Central (BC) seria o mais duro do mundo em sua política monetária, apesar do próprio petista ser responsável pela indicação do atual presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, além da maioria dos diretores, substituindo a equipe apontada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 
Segundo Haddad, a taxa Selic atual está excessivamente restritiva, ao afirmar que a inflação já está próxima da banda superior da meta de 4,5% ao ano, mas que, ainda assim, o juro real está em cerca de 10% ao ano.
Questionado sobre a atual gestão do BC ser fruto das indicações de Lula, Haddad se limitou a justificar que seria difícil avaliar a gestão de Galípolo por conta dos "problemas herdados da gestão anterior, sobretudo regulatórios". 
Haddad também aproveitou a ocasião para explicar quais são as estratégias do governo federal para contornar sua derrota no Congresso Nacional, diante da derrubada da Medida Provisória 1303, que pleiteava receita aos cofres públicos para o ano 2026 mediante taxação de investimentos.

Fatiar as alternativas

Agora, a estratégia para compensar as medidas de ajustes fiscais alternativa ao aumento do IOF, medida impopular, é o envio de dois projetos de lei aos deputados federais e senadores, ou seja, fatiando trechos que já haviam sido rejeitados. 
“Como houve muita polêmica em torno da questão de despesa e receita no mesmo diploma legal, a decisão provável é dividir entre dois projetos de lei”, disse Haddad à GloboNews, citando que os projetos de lei podem chegar ao Congresso Nacional ainda hoje. 
Tal revisão de e gastos pode gerar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões em economia, enquanto a taxação de bets e fintechs deve render cerca de R$ 3,2 bilhões no próximo ano — R$ 1,7 bilhão das apostas e R$ 1,58 bilhão das plataformas financeiras.
Por ora, continuam de fora das propostas de lei o fim da isenção para os títulos de renda fixa bancária: LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCI (Letras de Crédito Imobiliário). 
Está em jogo também a proposta orçamentária do próximo ano, em análise no Congresso Nacional, que prevê superávit primário de 0,25% do PIB, cerca de R$ 34,5 bilhões. Haddad defende que o país entregue um resultado positivo em 2026, após anos de déficit.

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Economia Governo Juros Bancos Impostos

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