Renda média no Brasil sobe 5,8% em 2024; saiba quem ganha mais

Estudo do Ipea aponta quais trabalhadores tiveram incremento no 2º trimestre

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Publicado em 06/09/2024 às 17:40h - Atualizado 9 dias atrás Publicado em 06/09/2024 às 17:40h Atualizado 9 dias atrás por Lucas Simões
Trabalhadores residentes no Nordeste estão entre os ganhadores (Imagem: Shutterstock)
Trabalhadores residentes no Nordeste estão entre os ganhadores (Imagem: Shutterstock)

💰 A renda média dos trabalhadores no Brasil saltou 5,8% no segundo trimestre de 2024 na comparação anual, conforme estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (6).

Contudo, estimativas mensais indicam que o rendimento habitual médio real alcançou o pico de R$ 3.255,00 em abril de 2024, recuando para R$ 3.187,00 em julho de 2024, uma redução de 2,1%.

Seja como for, os maiores aumentos de renda entre os trabalhadores se concentraram em:

  • população na Região Nordeste (+8,5%);
  • pessoas acima dos 60 anos (+8,8%);
  • pessoas com ensino superior completo (+5,7%).

Por outro lado, apenas trabalhadores com ensino fundamental incompleto ou com escolaridade inferior apresentaram um fraco aumento na renda (1,1%).

O crescimento da renda também foi menor que a média para o grupo de pessoas residentes no Centro-Oeste (3,3%), entre os jovens de 14 a 24 anos (3,6%) e em regiões metropolitanas (4,4%).

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Como está a renda das mulheres?

O estudo do Ipea revela que as mulheres trabalhadoras no segundo trimestre do ano tiveram um crescimento da renda média inferior ao dos homens, com (+5,2%) e (+6,2%), respectivamente.

Ou seja, a renda média das mulheres inverteu a trajetória mais positiva ao longo de 2023, quando teve um incremento de 4,2% contra a subida de 2,5% na renda masculina, apurada no quarto trimestre do ano passado.

A análise também evidência que, apesar do aumento da renda individual dos trabalhadores, a renda média por domicílio caiu para todas as faixas de renda, exceto para as faixas de renda muito baixa, que apresentaram um pequeno crescimento.

"A desigualdade na renda individual aumentou um pouco, mas a desigualdade na renda domiciliar permaneceu estável", conclui o levantamento do Ipea.