Renda fixa isenta acabou? Taxação das LCAs e LCIs deve bater em 7,5% em 2026

Relator da Medida Provisória alternativa ao aumento do IOF propõe compensar taxando mais os títulos bancários.

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Publicado em 23/09/2025 às 16:45h - Atualizado Agora Publicado em 23/09/2025 às 16:45h Atualizado Agora por Lucas Simões
Atualmente, investir em LCAs e LCIs ainda é livre de imposto de renda (Imagem: Shutterstock)
Atualmente, investir em LCAs e LCIs ainda é livre de imposto de renda (Imagem: Shutterstock)
Os investimentos em renda fixa, que são os queridinhos de muitos justamente por não cobrarem imposto de renda, podem ficar ainda mais tributados a partir do início de 2026, o que só reforça a forte procura pelas Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).
Isso porque ainda nesta terça-feira (23) seria apresentada no Congresso Nacional a proposta de elevar de 5% para 7,5% a taxação sobre os títulos bancários que ajudam a financiar operações de crédito ao agronegócio e ao mercado imobiliário.
O próprio governo Lula já defendia acabar com a atual isenção das LCAs e LCIs e taxá-las em 5% a partir do próximo ano, como forma alternativa de compensar o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), medida impopular que ameaça a popularidade tênue do atual presidente da República às vésperas de ano eleitoral.
No caso, o relator da Medida Provisória (MP) alternativa ao IOF, deputado federal Carlos Zarattini (PT/São Paulo), é quem justamente propõe aumentar a tributação das LCAs e LCIs de 5% para 7,5%
Todavia, o parlamentar ainda defende que outros tipos de investimentos em renda fixa sigam isentos da mordida do leão da Receita Federal, como: Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e debêntures incentivadas.
Só que uma das vantagens que faz com que justamente os investidores gostem mais de aplicar em LCAs e LCIs é sua proteção no FGC (Fundo Garantidor de Crédito), mecanismo que não cobre eventuais calotes que acometam CRAs, CRIs e debêntures incentivadas

Futuro e presente das LCAs e LCIs

A proposta que eleva a taxação das LCAs e LCIs para 7,5% só não foi apresentada hoje na comissão mista do Congresso Nacional a pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/Paraíba), alegando que o texto ainda requeria discussão dos líderes. 
Portanto, agora a expectativa é que o relatório que põe fim à isenção das LCAs e LCIs seja apresentado nesta quarta-feira (24), com a possibilidade de votação no Plenário das duas casas legislativas só no próximo dia 30 de setembro.
No total, a expectativa da equipe econômica comandada pelo ministro Fernando Haddad é que a MP alternativa do IOF possa arrecadar em torno de R$ 20 bilhões aos cofres públicos. 
Segundo dados do Investidor10, os títulos bancários que ajudam a financiar o agronegócio e o mercado imobiliário chegam a oferecer na reta final de setembro de 2025 rentabilidades elevadas no curto prazo, caso da LCA emitida pelo BTG Pactual pagando IPCA+ 8,00% ao ano ou da LCI emitida pela XP remunerando 94% do CDI.

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