Real é a 4ª moeda que mais se valorizou no 1º tri de 2025, veja ranking

O dólar começou o ano acima dos R$ 6, mas terminou o primeiro trimestre cotado a R$ 5,70.

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Publicado em 01/04/2025 às 06:00h - Atualizado 19 horas atrás Publicado em 01/04/2025 às 06:00h Atualizado 19 horas atrás por Marina Barbosa
Real teve uma valorização de 7,6% de janeiro a março (Imagem: Shutterstock)
Real teve uma valorização de 7,6% de janeiro a março (Imagem: Shutterstock)

O dólar recuou 7,6% e fechou o primeiro trimestre do ano cotado a R$ 5,70. Com isso, o real sagrou-se como a 4ª moeda que mais se valorizou em relação ao dólar entre janeiro e março de 2025. 

📈 Levantamento da Austin Rating revela que o desempenho do real superou o de moedas como o euro e a libra nesse período. E perdeu apenas para o ganho registrado pelas moedas da Rússia, Suécia e Noruega, países que se beneficiam da possibilidade de um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia.

O resultado contrasta com a forte desvalorização sofrida pela moeda brasileira em 2024 -o real perdeu quase 22% para o dólar no ano passado, o que levou a moeda americana a bater patamares recordes em dezembro. No início de 2025, por exemplo, o dólar ainda era cotado a R$ 6,18.

💵 Economista-chefe da Austin Rating disse que a recuperação do real ocorre em meio a um movimento global de enfraquecimento do dólar, deflagrado pelas dúvidas trazidas pela política tarifária de Donald Trump. Contudo, também é impulsionada por fatores locais, como a alta dos juros brasileiros.

"Os juros estão em uma curva ascendente no Brasil. Então, o diferencial de juros com os Estados Unidos tem aumentado. E isso acaba atraindo investidores para o Brasil. Por isso, o real acabou sendo a 4ª moeda que mais se valorizou frente ai dólar neste primeiro trimestre", afirmou Agostini.

Veja as moedas que mais se valorizaram frente ao dólar no 1T25:

  • Rússia (rublo): 27,5%;
  • Suécia (coroa sueca): 9,8%;
  • Noruega (coroa norueguesa): 7,9%;
  • Brasil (real): 7,6%;
  • Seychelles (rupia): 6,4%;
  • Polônia (zloty): 6,3%;
  • Hungria (forint): 6,1%;
  • Marrocos (dirham): 5,2%;
  • Japão (iene): 4,9%;
  • República Tcheca (coroa tcheca): 4,9%.

O levantamento da Austin Rating analisou a performance de 118 moedas nos três primeiros meses deste ano.

Apenas 31 dessas moedas perderam valor frente ao dólar nesse período. Contudo, o baque passou dos 10% no caso do Sudão do Sul (-12,7%) e da Venezuela (-25,3%).

Outras 22 moedas ficaram no zero a zero frente ao dólar. Entre elas, o dólar canadense e a rupia indiana.

As demais 65 moedas se valorizaram, diante de movimentos como as tarifas comerciais dos Estados Unidos e as negociações de um cessar-fogo na Europa.

O euro, por exemplo, ganhou 4% frente ao dólar. Já o renmimbi chinês teve uma leve valorização de 0,6% frente à moeda americana.