Ranking dos maiores bancos em valor de mercado muda em 2025; veja quem subiu

O BTG Pactual ultrapassou o Bradesco e assumiu a vice-liderança em valor de mercado entre os bancos brasileiros negociados em bolsa.

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Publicado em 25/06/2025 às 17:03h - Atualizado 10 horas atrás Publicado em 25/06/2025 às 17:03h Atualizado 10 horas atrás por Matheus Silva
A nova configuração reflete um ano de forte valorização para os papéis do BTG (Imagem: Shutterstock)
A nova configuração reflete um ano de forte valorização para os papéis do BTG (Imagem: Shutterstock)

💰 O cenário competitivo entre os grandes bancos listados na B3 (B3SA3) passou por mudanças significativas em 2025.

O BTG Pactual (BPAC11), tradicionalmente reconhecido como banco de investimentos, ultrapassou o Bradesco (BBDC4) e assumiu a vice-liderança em valor de mercado entre os bancos brasileiros negociados em bolsa, ficando atrás apenas do Itaú Unibanco (ITUB4).

A nova configuração reflete um ano de forte valorização para os papéis do BTG. De acordo com dados da B3 até 23 de junho, o valor de mercado do banco saltou de R$ 133,6 bilhões para R$ 209,7 bilhões — um ganho de R$ 76,1 bilhões. O pico foi registrado em 16 de junho, quando o BTG alcançou R$ 214,2 bilhões.

Já o Bradesco, que ocupava historicamente a segunda posição no ranking, também teve desempenho positivo.

O banco viu seu market cap crescer de R$ 117,7 bilhões para R$ 162,2 bilhões, mas a valorização foi insuficiente para manter a vice-liderança.

No topo do ranking, o Itaú Unibanco segue isolado, com valor de mercado de R$ 370,9 bilhões. O banco atingiu seu pico no ano em 19 de maio, com R$ 389,3 bilhões, representando um crescimento expressivo desde o final de 2024.

Banco do Brasil perde valor e Santander se mantém estável

Entre os cinco maiores bancos da Bolsa, o Banco do Brasil (BBAS3) foi o único a registrar queda de valor em 2025. O market cap da instituição caiu de R$ 138 bilhões no início do ano para R$ 120,4 bilhões em 23 de junho, uma retração de R$ 17,6 bilhões.

Em 14 de maio, o banco chegou a atingir R$ 169,9 bilhões, mas perdeu força nas semanas seguintes.

O Santander (SANB11), por sua vez, apresentou estabilidade relativa, mantendo seu valor de mercado em torno de R$ 108,4 bilhões, com pico de R$ 114 bilhões em maio.

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Desempenho das ações reflete as mudanças

O comportamento das ações reflete com clareza a dinâmica do setor bancário em 2025. As units do BTG Pactual acumulam alta de 53,61%, enquanto as ações ordinárias sobem 63,12% no ano.

Os papéis do Bradesco também avançam com força: BBDC4 valoriza 50,4%, e BBDC3, 40,61%.

Já o Itaú mantém performance sólida: ITUB3 sobe 40,97%, e ITUB4, 38,81%. Em contraste, o Banco do Brasil amarga queda de 9,03% em BBAS3, sendo a única entre as grandes instituições com resultado negativo no período.

O Santander aparece com desempenho moderado, variando entre 24,59% (SANB4) e 26,65% (SANB3).

BTG e Itaú se destacam, Bradesco e Santander decepcionam

Considerando o desempenho acumulado desde o pré-pandemia, o BTG lidera com folga. As ações BPAC3 dispararam 192,06% e BPAC11, 156,31%. O Itaú Unibanco também teve forte valorização, com ITUB3 em 100,06% e ITUB4, 93,69%.

No campo oposto, Bradesco e Santander acumulam perdas desde fevereiro de 2020. BBDC3 caiu 11,41% e BBDC4, 5,79%. O Santander também teve desempenho negativo: SANB3 recuou 6,83% no período.

O Banco do Brasil, apesar da queda recente, ainda apresenta retorno positivo de 36,29%, superando o Ibovespa, que subiu 20,12% no mesmo intervalo.

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Eficiência e governança pesam nas preferências do mercado

O avanço do BTG é atribuído a um modelo de negócios mais enxuto, com foco em serviços financeiros de alta margem e menor exposição a inadimplência.

A preferência dos investidores por operações mais eficientes e adaptáveis reforça também o desempenho do Itaú.

Bradesco e Santander, com estruturas mais tradicionais e pesadas, ainda enfrentam desafios de modernização e rentabilidade.

📊 Já o Banco do Brasil, embora lucrativo, sofre com desconfiança do mercado em relação à influência política sobre sua governança.

BPAC11

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