Raízen (RAIZ4) cai quase 10% após Petrobras 'negar romance'; queda beira 70% em 12 meses
O movimento reflete o pessimismo dos investidores com a negativa da Petrobras sobre qualquer plano de investimento na companhia.

🚨 As ações da Raízen (RAIZ4) voltaram a despencar nesta terça-feira (19), registrando queda de cerca de 7% por volta das 12h20, ocupando o posto de pior desempenho do Ibovespa (IBOV).
O movimento reflete uma combinação de fatores: o rebaixamento da recomendação do Citi e a negação da Petrobras (PETR4) sobre qualquer plano de investimento na companhia.
O tombo veio na esteira da resposta da Petrobras a um questionamento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), após reportagem do jornal O Globo afirmar que a estatal estaria estudando a compra de ativos da Raízen como parte de uma eventual reentrada no setor de etanol e distribuição de combustíveis.
Em fato relevante, a Petrobras negou a existência de estudos ou negociações nesse sentido e reiterou que qualquer decisão sobre investimentos é precedida por análises técnicas e governança corporativa.
A negativa frustrou expectativas que haviam impulsionado as ações da Raízen em alta de 10% no pregão da véspera (18).
Citi corta recomendação e preço-alvo
Em meio ao cenário conturbado, o Citi reduziu sua recomendação para os papéis da Raízen, passando de “compra” para “neutra”, além de cortar o preço-alvo de R$ 2,00 para R$ 1,30 — um corte de 35%.
Segundo os analistas, os resultados fracos do primeiro trimestre da safra 2025/26 (1T26) ficaram abaixo das expectativas, principalmente devido a números operacionais mais fracos e ao aumento da dívida líquida, que segue em trajetória acima do projetado.
O banco também destacou que, mesmo com a estratégia de desinvestimento de ativos para reduzir alavancagem, a medida pode não ser suficiente para equilibrar o caixa da companhia no curto prazo.
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Possível aumento de capital gera incertezas
Outro ponto que pressiona as ações é a possibilidade de aumento de capital. Segundo fontes próximas à empresa, já há discussões entre os controladores sobre aportes, o que poderia incluir a entrada de novos investidores.
Essa hipótese levanta o temor de diluição dos atuais acionistas e adiciona volatilidade ao papel.
Além disso, os analistas do Citi ressaltaram que o cenário externo também pesa contra a companhia, já que a projeção de queda nos preços das commodities, em especial açúcar e etanol, pode afetar diretamente as margens futuras da Raízen.
Raízen acumula queda de 70% em 12 meses
Mesmo após alguns pregões de recuperação pontual, as ações da Raízen acumulam queda superior a 30% apenas no último mês e quase 70% nos últimos 12 meses.
📊 O desempenho reflete não apenas os resultados abaixo das expectativas, mas também a perda de confiança dos investidores diante do endividamento crescente e das incertezas sobre o futuro da companhia.

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