Privatização da Copasa (CSMG3): O que falta para a ação se tornar "compra"?

Na visão do banco, o cenário atual ainda não oferece elementos suficientes para uma recomendação positiva.

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Publicado em 20/12/2025 às 21:07h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 20/12/2025 às 21:07h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Silva
Os analistas destacam que ainda falta maior clareza sobre aspectos regulatórios e contratuais
Os analistas destacam que ainda falta maior clareza sobre aspectos regulatórios e contratuais
🚨 A aprovação da lei que autoriza a privatização da Copasa (CSMG3) pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais foi classificada como um avanço relevante e um marco histórico para o estado.
Ainda assim, o movimento não foi suficiente para levar o Bradesco BBI a recomendar a compra das ações da companhia neste momento.
Segundo a avaliação do banco, a mudança no arcabouço legal reduz riscos importantes da tese de investimento e tende a dar mais previsibilidade ao processo de privatização, que deve avançar de forma mais direta até o leilão, previsto para abril de 2026. 
Apesar disso, os analistas destacam que ainda falta maior clareza sobre aspectos regulatórios e contratuais.

Falta de visibilidade mantém postura cautelosa

Na visão do Bradesco BBI, embora exista potencial de destravamento de valor com a entrada de um investidor estratégico, o cenário atual ainda não oferece elementos suficientes para uma recomendação positiva. 
O banco afirma que é prematuro indicar a compra dos papéis sem maior definição sobre o novo ambiente regulatório da companhia.
Diante desse contexto, a instituição manteve recomendação neutra para a Copasa, com preço-alvo de R$ 56 para o fim de 2026. Esse valor implica um potencial de valorização de 31% em relação às cotações atuais.

Próximos passos são considerados decisivos

O banco aponta que os próximos eventos serão determinantes para a reavaliação do papel. Entre os principais pontos monitorados estão:
  • assinatura do novo contrato de concessão com o município de Belo Horizonte, responsável por cerca de 30% da receita da companhia;
  • revisão tarifária referente ao ciclo de 2026 a 2029;
  • definição, pelo governo de Minas Gerais, do modelo de privatização, esperada para o início de 2026.
O texto aprovado pela Assembleia mineira estabelece que o futuro controlador da Copasa deverá cumprir as metas de universalização dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, incluindo áreas rurais e núcleos urbanos informais consolidados, em linha com o Marco Legal do Saneamento.

Outras avaliações do mercado

Antes mesmo da aprovação do projeto, o UBS BB também havia mantido recomendação neutra para a Copasa, mas revisou o preço-alvo das ações para o final de 2026, elevando-o de R$ 36 para R$ 48.
📈 Segundo o banco, as projeções seguem considerando a Copasa como uma empresa estatal.
No entanto, em um eventual cenário de privatização, a instituição afirma que utiliza como referência a experiência recente da Sabesp (SBSP3), simulando uma estrutura corporativa com capital mais disperso, maior disciplina de mercado e um modelo regulatório baseado na remuneração por ativos.

CSMG3

COPASA
Cotação

R$ 43,40

Variação (12M)

107,76 % Logo COPASA

Margem Líquida

16,55 %

DY

5.27%

P/L

12,22

P/VP

1,92