Prates relaciona demissão da Petrobras (PETR4) a influência de Alexandre Silveira, diz jornal

A declaração foi feita nesta segunda-feira (9).

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Publicado em 09/12/2024 às 13:36h - Atualizado 11 dias atrás Publicado em 09/12/2024 às 13:36h Atualizado 11 dias atrás por Elanny Vlaxio
Ele foi demitido em maio de 2024 (Imagem: Shutterstock)
Ele foi demitido em maio de 2024 (Imagem: Shutterstock)

🗣️ O ex-presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, declarou em entrevista ao jornal "O Globo" que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teve um papel crucial em sua demissão do comando da estatal, que ocorreu em maio.

Prates afirmou que Silveira exerceu influência direta sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que a troca no cargo fosse realizada. Ele expressou desconforto com a presença de Silveira durante a reunião em que foi informado de sua exoneração.

Destacou, ainda, a influência exercida pelo ministro sobre a Petrobras através de conselheiros por ele indicados, incluindo o presidente do Conselho de Administração.

💬 “Alguns conselheiros começaram a dificultar deliberadamente as coisas. Quando colocávamos pautas para avançar, não evoluíam, e o próprio presidente do conselho dizia: ‘Você tem que falar com o ministro’. Isso é absurdo, porque a Petrobras é vinculada ao Ministério de Minas e Energia, mas não é subordinada a ele” afirmou Prates.

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Na primeira vez em que comentou publicamente sobre a demissão de Prates do cargo de presidente da Petrobras, Silveira foi objetivo ao responsabilizar o presidente Lula pela decisão. Segundo ele, a demissão foi motivada pela avaliação de Lula de que é necessário acelerar o plano de investimentos.

"Tentaram personificar em mim e no ministro Rui. Isso absolutamente não aconteceu", disse Silveira a jornalistas na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, em maio, quando aconteceu a demissão.

Já ao se referir à gestão de Magda Chambriard, Prates observou uma postura mais 'moderada' em relação à transição energética e expressou preocupação com a falta de definição na política energética da estatal. “Está claro que a política energética é influenciada por quem tem mais prestígio junto às autoridades. Isso pode distorcer o processo natural de transição energética” disse.

🤔 Prates havia manifestado ainda a expectativa de que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) concederia a licença para a exploração de petróleo na Margem Equatorial até o mês de outubro. Contudo, até o momento, a licença não foi autorizada.