PF deflaga operação contra lavagem de dinheiro com uso de criptomoedas

Criminosos movimentaram mais de R$ 55 bilhões desde 2021, mostram investigações

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Publicado em 10/09/2024 às 12:20h - Atualizado 8 dias atrás Publicado em 10/09/2024 às 12:20h Atualizado 8 dias atrás por Wesley Santana
Polícia Federal é responsável por investigações em nível nacional (Imagem: Divulgação/PF)
Polícia Federal é responsável por investigações em nível nacional (Imagem: Divulgação/PF)

🚔 A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta terça-feira (10), mandados de prisão para desarticular quadrilhas que atuam com criptomoedas. Segundo as investigações, três grupos são suspeitos de lavagem de dinheiro e fuga de divisas com envio de recursos para países como Estados Unidos, China e Emirados Árabes. 

A investigação ocorre no âmbito da Operação Niflheim iniciada em 2021, com a identificação de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas e contrabando. Segundo a PF, os criminosos usavam empresas de fechada e outros mecanismos para dificultar o rastreio do dinheiro pela Receita Federal

Calcula-se que, em três anos, os criminosos tenham movimentado ao menos R$ 55 bilhões. Os grupos atuavam nas cidades de Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF). 

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“A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos investigados em mais de R$ 9 bilhões, além do arresto de veículos e imóveis”, diz a Polícia Federal por meio de nota. “Para a execução da operação, foram mobilizados 130 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal, que cumprem 8 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão”, completa.

Segundo as investigações, as quadrilhas trabalhavam em quatro níveis: sonegação, empresas laranja, filtro de operações e comercialização de criptomoedas. A PF identificou que mais da metade de depósitos feitos para um alvo da operação era proveniente de pessoas físicas que já tinham histórico de passagens pela polícia. 

O nome da operação faz alusão à Mitologia Nórdica “Lar Nevoa”, considerada a mais sombria. A referência é porque os grupos operaram transações financeiras obscuras, disseram os policiais.