Petrobras (PETR4) propõe simulação de perfuração na Foz do Amazonas em julho
A estatal solicita a realização da vistoria da sonda que será utilizada na perfuração ainda na próxima semana.

🚨 A Petrobras (PETR4) encaminhou ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) um novo cronograma para as etapas finais do processo de licenciamento ambiental relacionado à perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas.
A iniciativa representa mais um passo na tentativa de viabilizar a exploração de petróleo em águas profundas na região Norte do país.
Segundo a proposta enviada à autarquia, a estatal solicita a realização da vistoria da sonda que será utilizada na perfuração ainda na próxima semana.
A unidade encontra-se atualmente na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, onde passa por procedimentos de remoção do coral-sol, espécie invasora presente no casco da embarcação.
De acordo com a Petrobras, antecipar a vistoria antes da movimentação da sonda para o Norte simplificaria a logística de deslocamento de equipes técnicas. A viagem até o estado do Amapá está prevista para durar entre dez e vinte dias.
Cronograma de simulação da perfuração
Além da vistoria da sonda, a Petrobras propôs que o Ibama realize, entre os dias 23 e 27 de junho, a inspeção da infraestrutura de apoio, incluindo a base de resgate de fauna em Oiapoque (AP) e três embarcações estacionadas em Belém (PA).
Essas embarcações seriam utilizadas em caso de necessidade de recolhimento de petróleo e resgate de animais, compondo o plano de emergência ambiental.
Concluídas essas etapas, a estatal pretende iniciar, na semana do dia 14 de julho, a Avaliação Pré-Operacional (APO), simulação que testa os procedimentos de segurança e resposta para a futura operação de perfuração.
A Petrobras informa que, caso o simulado seja aprovado, todos os requisitos técnicos e operacionais exigidos para a concessão da licença ambiental terão sido cumpridos.
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Projeto mira nova fronteira petrolífera
A perfuração está prevista para ocorrer no bloco 59 da bacia da Foz do Amazonas, uma área ainda inexplorada em termos de produção de petróleo.
O setor de óleo e gás considera a margem equatorial brasileira uma das principais apostas para a renovação das reservas nacionais, especialmente diante do esperado declínio da produção no pré-sal nas próximas décadas.
A região, no entanto, ainda não conta com infraestrutura consolidada e enfrenta desafios regulatórios e ambientais que tornam o licenciamento um processo complexo e detalhado.
Debate ambiental e reações da sociedade civil
📊 A proposta de abertura de uma nova fronteira exploratória ocorre em um momento de crescente debate sobre a necessidade de transição para fontes de energia menos intensivas em carbono.
Entidades ambientalistas questionam a expansão da produção de petróleo, apontando para os impactos climáticos associados à queima de combustíveis fósseis.
Nesta sexta-feira (30), oito organizações realizaram um protesto em frente à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, manifestando preocupação com os potenciais efeitos ambientais da exploração na Foz do Amazonas.
De acordo com informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), projeções indicam que a margem equatorial poderia abrigar cerca de dez bilhões de barris de petróleo recuperáveis.
As organizações calculam que, se esses volumes forem explorados, as emissões de gases de efeito estufa resultantes seriam equivalentes ao total emitido pelo Brasil em aproximadamente cinco anos.
Outro ponto levantado é a destinação dos royalties provenientes da produção de petróleo.
Segundo as entidades, esses recursos não têm sido aplicados diretamente em projetos de transição energética, tema que integra o debate sobre o papel dos combustíveis fósseis no futuro da matriz energética nacional.
📈 "O planejamento da expansão da produção de petróleo no país tem ocorrido sem qualquer análise das consequências climáticas", declarou Suely Araújo, coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima, em nota pública.

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