Petrobras (PETR4): Produção cai 10,5%, mas pré-sal registra recordes no 4T24

Segundo a companhia, o resultado reflete um maior volume de paradas programadas para manutenção no campo de Búzios.

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Publicado em 03/02/2025 às 19:04h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 03/02/2025 às 19:04h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Rodrigues
Mesmo com o recuo na produção total, a Petrobras atingiu recordes anuais no pré-sal (Imagem: Shutterstock)
Mesmo com o recuo na produção total, a Petrobras atingiu recordes anuais no pré-sal (Imagem: Shutterstock)

🚨 A Petrobras (PETR4) reportou uma queda na sua produção total própria de óleo e gás natural no quarto trimestre de 2024, alcançando 2,628 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed).

O resultado representa uma retração de 10,5% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, a produção totalizou 2,698 Mboed, uma redução de 3% ante 2023.

A queda também foi observada na comparação com o trimestre anterior, com uma retração de 3,4%.

Segundo a companhia, o resultado reflete um maior volume de paradas programadas para manutenção no campo de Búzios.

Entretanto, a redução foi parcialmente compensada pelo pico de produção do FPSO Sepetiba, além do início das operações dos FPSOs Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias.

Apesar da retração, a estatal conseguiu cumprir as metas de produção estipuladas no Plano Estratégico 2024-2028+, mantendo-se dentro do intervalo de variação de 4% estabelecido.

Destaque para recordes no pré-sal

Mesmo com o recuo na produção total, a Petrobras atingiu recordes anuais no pré-sal, tanto na produção própria quanto na operada.

Foram extraídos 2,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em operações próprias, enquanto a produção total operada chegou a 3,2 milhões de boed.

O volume do pré-sal respondeu por 81% da produção total da companhia em 2024, reforçando a relevância da camada para os resultados da estatal.

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Vendas se mantêm estáveis

No segmento de vendas, a Petrobras conseguiu manter volumes próximos aos registrados nos trimestres anteriores.

Na comparação anual, houve um leve aumento de 1,4%, enquanto em relação ao terceiro trimestre, o volume caiu 0,7%.

Entre os produtos comercializados, a gasolina e o querosene de aviação (QAV) registraram crescimento nas vendas, enquanto o diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP) apresentaram retração. A estatal atribui essas variações à sazonalidade da demanda.

As vendas de gasolina cresceram 9,1% no trimestre, impulsionadas pelo aumento da circulação de veículos durante as festas de fim de ano e pelo impacto do pagamento do décimo terceiro salário na economia.

O QAV também apresentou crescimento, com alta de 6,4% na comparação com o trimestre anterior, refletindo a maior movimentação de passageiros no período de férias e festas.

Por outro lado, as vendas de diesel recuaram 3,8%, influenciadas pelo menor consumo após o período de plantio da safra de grãos de verão e pela redução na atividade industrial.

Perspectivas

📊 Com a meta de manter a eficiência operacional e impulsionar a produção no pré-sal, a Petrobras segue investindo na entrada de novas unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSOs) e na manutenção programada dos campos produtivos.

Os recordes atingidos no pré-sal e a estabilidade nas vendas reforçam a estratégia da companhia, que deve seguir focada na otimização da produção e na manutenção da competitividade no mercado de combustíveis ao longo de 2025.

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