Petrobras (PETR4): Exploração da Foz do Amazonas enfrenta mais um desafio
O MPF quer que o Ibama não conceda a licença de exploração até que a Petrobras faça um novo simulado na área.

A Petrobras (PETR4) terá que enfrentar mais um desafio para conseguir avançar com o plano de exploração da Foz do Amazonas.
⚠️ Isso porque o MPF (Ministério Público Federal) quer que o Ibama não conceda a licença de exploração da região até que a estatal faça um novo simulado de resposta a emergência.
Última etapa do processo de licenciamento ambiental, o simulado foi realizado ao longo de dois dias em agosto. Mais de um mês depois, foi aprovado pelo Ibama.
O Ibama, no entanto, ainda pediu ajustes ao plano de proteção à fauna apresentado pela estatal. Por isso, disse que a licença para exploração da área só seria liberada "após a constatação, pela equipe técnica, da incorporação nos planos das melhorias e correções solicitadas no parecer".
❌ O MPF considera, por sua vez, que essa decisão foi "contraditória e ilegal". O entendimento do órgão é de que as normas de licenciamento ambiental exigem que as empresas determinem previamente a efetividade das suas estratégias de proteção ambiental para conseguir a licença.
Por isso, o Ibama recomendou que o órgão ambiental revogue a aprovação do simulado e suspenda o processo de licenciamento ambiental da Foz do Amazonas até que um novo teste seja realizado pela Petrobras.
A recomendação foi enviada nesta quarta-feira (7). Agora, o Ibama tem 72 horas para se manifestar sobre o pedido.
⚖️ O MPF avisou, por sua vez, que pode "adotar as medidas judiciais cabíveis a fim de corrigir as ilegalidades constatadas no procedimento de licenciamento" caso a recomendação não seja acatada.
Segundo o órgão, o Ibama pode ser acusado de "ameaça de lesão ao meio ambiente em área ambientalmente sensível" caso prossiga com o licenciamento ambiental sem que um novo simulado seja realizado na área, o que poderia levar à anulação do processo.
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O que diz o MPF?
O MPF diz que o Ibama aprovou o simulado realizado pela Petrobras mesmo depois que a sua equipe técnica apontou "diversos problemas", entre "falhas operacionais e de segurança", na execução do teste.
"O relatório técnico concluiu que a empresa não foi capaz de executar satisfatoriamente o PPAF (Plano de Proteção à Fauna Oleada) proposto, e que os recursos e estratégias previstos não são suficientes para atender ao Manual de Boas Práticas, podendo resultar em perda maciça de biodiversidade em caso de vazamento real", afirma a recomendação.
O MPF avalia, então, que o Ibama descumpriu normas de licenciamento ambiental e os seus próprios normativos ao aprovar o simulado mesmo diante dessa avaliação.
Além disso, o órgão afirmou que prosseguir com o processo de licenciameto ambiental dessa forma criaria "riscos excessivos ao meio ambiente", ao permitir a exploração de uma "área sensível" antes da comprovação da efetividade do plano de emergência.
"A conclusão de aprovação, diante do risco iminente de perda maciça de biodiversidade e falhas de segurança evidenciadas durante o exercício, representa grave risco ambiental e operacional, minando a credibilidade da avaliação", alega.
A Petrobras e o Ibama não se manifestaram sobre a recomendação do MPF até a publicação desta reportagem.

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