Para escapar da nova tributação, Vale deve pagar dividendos bilionários, diz Itaú
Analistas veem chance de proventos extraordinários ainda em 2025, antes da reforma tributária.
Em menos de dois meses, entra em vigor a reforma tributária, que prevê novas regras para a taxação de lucros e dividendos. Esse pode ser um dos motivos para que algumas empresas acelerem a contabilidade e decidam distribuir dividendos aos seus acionistas.
É o caso da Vale (VALE3), que, segundo o Itaú, pode anunciar a distribuição de bilhões de reais em dividendos nas próximas semanas. Os analistas do banco dizem que a dívida de US$ 15 bilhões mostra que este é um bom momento para que a companhia distribua parte dos resultados com a sua base acionária.
Eles destacam que, caso os números de 2026 não sejam tão favoráveis, a empresa pode anunciar essa distribuição como uma antecipação. No entanto, caso os resultados continuem positivos como se mostram neste momento, os proventos liberados ainda em 2025 podem ser encarados como extraordinários.
Leia mais: Itaú (ITUB4) pode distribuir R$ 31 bilhões em dividendos após lucro recorde
Para eles, portanto, a companhia tem capacidade de fazer ao menos uma distribuição mínima antes do fim do ano. A expectativa é que os dividendos da Vale somem 3,5% do rendimento da companhia no segundo semestre do ano, valor que seria equivalente a US$ 1,9 bilhão, ainda de acordo com o relatório.
Outras casas também já comentaram sobre essa possibilidade, sobretudo depois que a companhia divulgou o balanço do terceiro trimestre. As apostas são feitas mesmo sem um consenso sobre qual seria o montante final a ser distribuído.
“Acreditamos que a maior proximidade do centro da faixa estratégica amplia a probabilidade de distribuição de dividendos extraordinários, tema que pode ser abordado no call de resultados ou no próximo Vale Day, evento que tradicionalmente ocorre em dezembro”, afirma Ilan Arbetman, que assina o relatório da Ativa.
No terceiro trimestre deste ano, a Vale viu seu lucro líquido crescer 78%, somando US$ 2,7 bilhões. Já o lucro atribuível foi de US$ 2,6 bilhões, com aceleração de 11% na comparação com um ano antes.
Desde o começo do ano, a companhia tem visto suas ações crescerem de forma importante na bolsa de valores. No acumulado do ano, a variação está positiva em 20%, conforme mostram dados da B3.
Atualmente, as ações são negociadas na casa de R$ 65,50, com um valor de mercado de quase US$ 300 bilhões.
VALE3
ValeR$ 65,53
16,99 %
14,15 %
7.01%
9,85
1,36
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