ONU alerta para catástrofe mundial por elevação do nível do mar

No Brasil, as cidades do Rio de Janeiro e Atafona são as mais vulneráveis.

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Publicado em 27/08/2024 às 16:59h - Atualizado 19 dias atrás Publicado em 27/08/2024 às 16:59h Atualizado 19 dias atrás por Elanny Vlaxio
O nível do mar subiu 13 cm nas duas localidades entre 1990 e 2020 (Imagem: Shutterstock)
O nível do mar subiu 13 cm nas duas localidades entre 1990 e 2020 (Imagem: Shutterstock)

Na última segunda-feira (26), a ONU (Organização das Nações Unidas) chamou a atenção para a elevação sem precedentes do nível dos oceanos, impulsionada pelo aquecimento global causado pela ação humana.

📊 De acordo com dados da OMM (Organização Meteorológica Mundial), em um período de 30 anos, algumas regiões do Oceano Pacífico registraram um aumento de 15 centímetros no nível do mar, valor superior à média global de 9,4 centímetros.

“Estou em Tonga para emitir um SOS [sigla para “save our seas”, ou “salvem nossos mares”, em tradução livre para o português] mundial sobre a rápida elevação dos níveis do mar. Uma catástrofe em escala mundial está colocando em risco este paraíso do Pacífico”, disse António Guterres, no X (ex-Twitter).

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📋 Conforme o relatório, o derretimento das geleiras e o aquecimento global são os principais fatores que contribuem para a elevação do nível do mar. A pesquisa indica que Tuvalu, um país insular localizado na Oceania, pode ser completamente submerso nas próximas três décadas, mesmo em um cenário de aquecimento global moderado.

Já no Brasil, as cidades do Rio de Janeiro e Atafona, no estado do Rio de Janeiro, são as mais vulneráveis aos impactos desse fenômeno. Vale citar que o nível do mar subiu 13 cm nas duas localidades entre 1990 e 2020, e a projeção para 2050 é de mais 16 cm. Nova Orleans, com aumento de 26 cm no mesmo período, é a cidade mais afetada, com projeção de mais 41 cm até 2050.

“As ações climáticas e decisões tomadas por líderes políticos e formuladores de políticas nos próximos meses e anos determinarão quão devastadores esses impactos se tornarão e quão rapidamente eles piorarão”, informou o relatório.