Oi (OIBR3) aprova aumento de capital de R$ 1,389 bilhão
Os acionistas atuais terão direito a subscrever apenas 2,4 milhões.
O Conselho de Administração da Oi (OIBR3) aprovou a emissão de 264 milhões de novas ações ordinárias, o que representa um aumento de capital de R$ 1,389 bilhão. Essa decisão está alinhada com o plano de recuperação judicial da empresa, aprovado pela Justiça em maio deste ano.
🤑 A homologação do aumento de capital ainda está condicionada à aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Do total de 264 milhões de novas ações, mais de 99% serão adquiridas por credores da companhia, que converterão parte de suas dívidas em ações.
Além disso, os acionistas atuais terão direito a subscrever apenas 2,4 milhões de novas ações. Após a emissão das novas ações, o capital social da Oi será de R$ 33,928 bilhões, representado por mais de 330 milhões de ações. A maior parte dessas ações será ordinária, com uma pequena parcela de ações preferenciais.
“O aumento de capital endereça um dos principais objetivos do Plano na medida em que auxilia a promover o fortalecimento da estrutura de capital da Companhia, contribuindo para a equalização de seu passivo e superação da atual crise econômico financeira do Grupo Oi”, diz a empresa.
Como se saiu a empresa no último trimestre?
A Oi anunciou um lucro líquido de R$ 15 bilhões no segundo trimestre de 2024. Esse resultado positivo contrasta com o prejuízo de R$ 845 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
💰A reviravolta nos resultados da Oi pode ser atribuída à aprovação do plano de recuperação judicial em abril. Esse plano, que incluiu descontos, parcelamentos e a conversão de parte da dívida em ações, permitiu à empresa reduzir seus passivos em cerca de 70%, fortalecendo sua situação financeira.
A renegociação da dívida, parte do plano de recuperação judicial, resultou em um ganho contábil de R$ 14,7 bilhões para a Oi. Esse valor, que não impacta o caixa da empresa, foi contabilizado no resultado financeiro, elevando-o para R$ 15,6 bilhões.
Por outro lado, a performance operacional da Oi ainda não acompanha o resultado financeiro positivo. O Ebitda, um indicador de geração de caixa da empresa, registrou um prejuízo de R$ 318 milhões no segundo trimestre, revertendo o lucro de R$ 42 milhões do mesmo período do ano anterior.
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Ao considerar apenas os itens considerados recorrentes na operação, o Ebitda da companhia registrou um prejuízo de R$ 83 milhões. Esse resultado foi impactado por um acordo de não litígio com a V.tal, que gerou um custo adicional de R$ 234 milhões.
💲Já a receita líquida consolidada da Oi totalizou R$ 2,1 bilhões, apresentando uma queda de 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa redução foi influenciada principalmente pela baixa de 23,1% nas receitas provenientes de serviços não estratégicos, como telefonia fixa e TV por assinatura via satélite, que estão em declínio.
Apesar da queda nas receitas não estratégicas, a Oi também enfrentou redução nas divisões consideradas estratégicas. A receita da Oi Soluções, que atende o mercado corporativo, caiu 23%, totalizando R$ 449 milhões. A Oi Fibra, por sua vez, registrou uma pequena redução de 0,9% na receita, atingindo R$ 1,094 bilhão.
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