Novo queridinho da renda fixa: notas comerciais conquistam empresas e investidores
Alternativa às debêntures ganha espaço com menos burocracia e custo menor.
A rede de drogarias Pague Menos, que não tem ações na B3, fez uma emissão de R$ 480 milhões para diminuir o custo de sua dívida. Já a Marisa fez três séries de emissões, somando mais de R$ 152 milhões em notas comerciais.
A emissão desses títulos existe há pelo menos 20 anos, mas ganhou aceleração em 2021, depois que foram retiradas algumas regras que abriram caminho para a emissão escritural. De modo geral, as notas comerciais funcionam como debêntures, mas são consideradas menos burocráticas, pois podem ser autorizadas por outros órgãos financeiros além da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Isso permite que elas sejam vendidas a um público maior e com um custo mais baixo de emissão. Além disso, ganharam relevância entre médias empresas, que não ostentam a mesma capilaridade de uma gigante da bolsa.
O atual momento da renda fixa também contribui para que mais investidores busquem o ativo, considerando que a taxa de juros está em 15% ao ano. Nesse cenário, muita gente troca os aportes em renda variável por produtos que podem entregar até 20%, dependendo da proposta feita pela empresa na emissão dos papéis.
Ainda não dá para comparar o montante de emissões de debêntures e de notas comerciais, já que a primeira continua sendo a preferida do mercado. Entretanto, muitos analistas projetam que, em alguns anos, as duas emissões podem se equiparar no mercado de capitais.
“As debêntures institucionais, de livre utilização, podem acabar sendo substituídas por notas comerciais”, afirma Sandro Marcondes, sócio e diretor de Global Debt Finance do Santander Brasil, em entrevista ao Neofeed. “Elas negociam menos que debêntures, mas é questão de tempo”, diz Samy Podlubny, chefe de dívida do UBS BB, que fez 15 emissões desse modelo em 2025.
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