Petróleo desaba, Ibovespa cai e dólar passa de R$ 6 com retaliação da China aos EUA

País asiático impôs tarifa de 84% para produtos americanos.

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Publicado em 09/04/2025 às 11:09h - Atualizado 4 dias atrás Publicado em 09/04/2025 às 11:09h Atualizado 4 dias atrás por Wesley Santana
Petróleo é negociado por barril no mercado internacional (Imagem: Shutterstock)
Petróleo é negociado por barril no mercado internacional (Imagem: Shutterstock)

Os novos desdobramentos do tarifaço dos Estados Unidos continuam afetando a economia ao redor do mundo. Os principais indicadores globais amanheceram em ritmo de baixa, nos EUA e fora deles.

🛢 O petróleo é um dos maiores impactados, com o preço caindo mais de 6% no mercado internacional. Por volta das 11h, o barril do óleo era negociado abaixo de US$ 60, segundo dados do monitor "Investing".

Com isso, o chamado ouro negro retoma as suas mínimas desde a pandemia do novo coronavírus. No começo do ano, antes dos anúncios das tarifas por Donald Trump, o Brent era comprado e vendido por até US$ 75.

No Brasil, a situação não é diferente. O dólar (USD) avança com forte alta, segundo dados do Banco Central. Durante a manhã, a moeda norte-americana chegou a ser negociada na casa de R$ 6,05.

O Ibovespa (IBOV), por sua vez, abriu o pregão com baixa de 1%, mas, com alguns minutos, conseguiu registrar alguns ganhos. No fechamento desta reportagem, o principal índice da bolsa de valores performava com baixa de 0,3%, aos 123.619 pontos, de acordo com dados da B3.

🗣️ Leia mais: China anuncia tarifas de 84% sobre produtos dos EUA

Criptomoedas para outro lado

Neste mar vermelho, quem abre caminho é o Bitcoin (BTC) que, diferente dos últimos dias, consegue apurar ganhos importantes. A criptomoeda mais importante do mundo registra alta de 1,1%, cotada em US$ 77,2 mil.

O mesmo desempenho é visto nos outros tokens digitais, caso de Ethereum (ETH) que avança 0,3%, mirando os US$ 1,5 mil. XRP (XRP) segue no mesmo ritmo, com alta de 1,5%, para US$ 1,82 cada.

Retaliação da China

Depois que os EUA confirmaram uma taxação adicional de 104% para as importações oriundas da China, o país asiático devolveu na mesma moeda. Pequim anunciou um imposto de importação de 84% para itens produzidos na América do Norte.

Além disso, o governo expandiu restrições a 18 empresas dos EUA, com foco nas companhias que atuam no setor de defesa.

“A escalada de tarifas dos EUA sobre a China é um erro em cima de um erro, que infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China e prejudica seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras”, disse o Ministério das Finanças da China em um comunicado.