No sobe e desce da Azul (AZUL4), ações estão com 10% de baixa
Reestruturação de dívidas e queda no rating afetam performance
🥵 Os investidores da Azul (AZUL4) tiveram altos e baixos nas últimas semanas, com as ações da companhia aérea despencando e depois voando. Tudo começou com a notícia de que a empresa poderia entrar em Recuperação Judicial para se proteger de dívidas.
A aérea desmentiu a informação e disse que teria outras saídas para colocar o caixa em dia. E assim o fez, anunciando um acordo com seus principais credores e também a possibilidade de levantar recursos no mercado.
O resultado de tudo isso foi que, entre agosto e setembro, as ações caíram mais de 45%, segundo dados da bolsa de valores. Depois, chegaram a subir 54%, alcançando a precificação de R$ 6,25, em 17 de setembro, que foi o recorde das últimas semanas.
Desde então, a empresa teve poucos alívios de quedas, mas no acumulado dos últimos 30 dias, os papeis caem 11,3%, ainda de acordo com a B3. Na tarde desta terça-feira (5), o ticker da Azul é negociado por R$ 5,10, com uma desvalorização superior a 65% no ano.
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Queda no rating
⬇ Parte desta derrocada nas ações está relacionada ao rebaixamento que a companhia sofreu das principais agências de risco. Na semana passada, a Fitch e S&P cortaram a nota de crédito da companhia de CC para CCC.
As empresas revisaram suas posições sobre o ativo, justamente depois do acordo que foi veiculado. A Fitch destacou que, na verdade, houve uma troca de dívidas em dificuldade, pois os contratos foram firmados na tentativa de fugir de um calote.
"Apesar de não haver corte de dívida imediato ou extensão de vencimento, os detentores de títulos de renda fixa da Azul que não aceitarem o acordo podem enfrentar termos piores devido ao maior perfil de dívida garantida e provável retorno menor da equitização de parte das notas de 2029 e 2030", disseram os analistas.
Em relatório divulgado recentemente, a AerCap, empresa de leasing de aeronaves e uma das principais credoras da Azul, separou uma provisão de US$ 140 milhões para se proteger de perdas oriundas da aérea. Antes disso, ainda na pandemia, a empresa já havia destacado que um acordo de troca de dívida -nos moldes do feito com a Azul- seria um “evento extraordinariamente raro”.
A Azul deve divulgar seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre no dia 14 de novembro, conforme calendário oficial da B3. Entre abril e junho, a empresa reportou um prejuízo de R$ 3,8 bilhões, com um recuo de 2,3%.
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