Negociação travada com EUA derruba Ibovespa em 0,21%; BRKM5 cai 7,65%
O principal índice da B3 caiu 0,21%, encerrando o pregão aos 135.623,15 pontos, no segundo recuo consecutivo.

🚨 O Ibovespa (IBOV) registrou queda nesta segunda-feira (11), refletindo tanto o clima de incerteza nas negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos quanto o desempenho negativo das bolsas em Wall Street.
O principal índice da B3 (B3SA3) caiu 0,21%, encerrando o pregão aos 135.623,15 pontos, no segundo recuo consecutivo. Já o dólar à vista avançou 0,11%, cotado a R$ 5,4420.
No centro das atenções, estava a reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, que estava agendada para a próxima quarta-feira (13).
O encontro, que seria realizado de forma virtual, foi cancelado sob justificativa de “falta de agenda”, segundo comunicado enviado a Haddad por e-mail.
O ministro afirmou, em entrevista à GloboNews, que o cancelamento foi influenciado por pressões de setores de “extrema direita” nos Estados Unidos, contrários a declarações recentes feitas por ele. Segundo Haddad, não há nova data marcada para a reunião.
O impasse ocorre em meio à política tarifária do presidente norte-americano Donald Trump, que elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros.
Banco Central vê impacto limitado no comércio
Durante evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, minimizou os impactos do chamado “tarifaço” sobre a economia brasileira.
Segundo ele, a baixa dependência comercial do Brasil em relação aos Estados Unidos tende a mitigar os efeitos da medida.
“Como o Brasil depende menos dos Estados Unidos, vai se machucar menos do ponto de vista comercial no processo do tarifaço”, afirmou Galípolo.
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Destaques do pregão
No lado positivo do Ibovespa, as ações da Natura&Co (NTCO3) avançaram mais de 5%, liderando os ganhos do dia, impulsionadas pela expectativa positiva para o balanço do 2º trimestre de 2025.
Na ponta oposta, Braskem (BRKM5) registrou a maior queda do índice após repercussões sobre possíveis negociações com a Unipar (UNIP6) envolvendo ativos no México e nos EUA.
A Petrobras (PETR4), acionista relevante da Braskem, considerou a notícia uma “surpresa ruim”.
Entre as blue chips, Petrobras avançou quase 1%, ajudando a aliviar parte da pressão sobre o índice, enquanto Vale (VALE3) também subiu, acompanhando a alta do minério de ferro na China.
Cenário internacional
Em Nova York, os principais índices de Wall Street fecharam no vermelho, pressionados pela expectativa dos dados de inflação desta semana.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) será divulgado nesta terça-feira (12) e o Índice de Preços ao Produtor (PPI), na quinta-feira (24).
A política tarifária de Donald Trump seguiu no radar. Nesta segunda, o presidente norte-americano assinou decreto prorrogando por 90 dias as tarifas sobre importações chinesas, adiando o fim da trégua comercial entre Washington e Pequim.
Há também a expectativa de um encontro entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima sexta-feira (15), com objetivo de discutir um possível cessar-fogo na guerra da Ucrânia.
Nos bastidores políticos dos EUA, crescem as especulações sobre a sucessão no Federal Reserve (Fed), já que o mandato de Jerome Powell expira em maio de 2026. Os nomes cotados incluem Michelle Bowman, Philip Jefferson e Lorie Logan.
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📊 Confira o fechamento dos mercados internacionais:
- Dow Jones: -0,45%, aos 43.975,09 pontos;
- S&P 500: -0,25%, aos 6.373,45 pontos;
- Nasdaq: -0,30%, aos 21.385,40 pontos.
Na Ásia, o destaque foi o Hang Seng (Hong Kong), que subiu 0,19% em meio ao otimismo com as conversas comerciais entre China e EUA. Na Europa, o Stoxx 600 recuou 0,06%, aos 546,76 pontos.

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