Mulheres ganham mais espaço na Bolsa e ultrapassam marca de 1 mi no Tesouro Direto
De acordo com um levantamento da B3, o número de investidoras em renda variável teve um salto de 85,6% nos últimos cinco anos.

💲 O cenário de investimentos no Brasil está mudando, e as mulheres vêm conquistando um espaço cada vez maior na Bolsa de Valores e no Tesouro Direto.
De acordo com um levantamento exclusivo da B3 (B3SA3), o número de investidoras em renda variável teve um salto de 85,6% nos últimos cinco anos.
No mesmo período, a participação feminina no Tesouro Direto cresceu 82,2%, ultrapassando a marca simbólica de 1 milhão de investidoras.
O avanço da participação feminina na Bolsa
Entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, o número de mulheres investindo em ações cresceu 7%, passando de 1,292 milhão para 1,381 milhão.
Esse crescimento reflete um movimento crescente de conscientização financeira e busca por independência econômica, impulsionado por um maior acesso à educação sobre investimentos.
O Tesouro Direto, lançado em 2002 com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos federais, também tem visto um aumento expressivo na participação feminina.
Em um ano, o número de mulheres investidoras nessa modalidade subiu 15,04%, alcançando 1.049.097 investidoras.
Perfil das investidoras: quem são as mulheres que estão investindo?
A maior parcela de mulheres que investem na Bolsa de Valores tem entre 25 e 39 anos, totalizando 605.932 investidoras.
No entanto, a participação está distribuída entre diferentes faixas etárias:
- Até 17 anos: 19.476 investidoras
- 18 a 24 anos: 84.094 investidoras
- 25 a 39 anos: 605.932 investidoras
- 40 a 59 anos: 493.386 investidoras
- 60 anos ou mais: 178.538 investidoras
Nos últimos cinco anos, o total de mulheres investidoras em renda variável saltou de 744.364 para 1,381 milhão, indicando uma forte tendência de crescimento.
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Onde estão as investidoras?
Os estados do Sudeste e Sul concentram a maior parte das mulheres investidoras. São Paulo lidera o ranking com 522.124 investidoras, seguido pelo Rio de Janeiro (149.206), Minas Gerais (136.132), Paraná (84.407) e Rio Grande do Sul (71.593).
Entre as regiões, o Nordeste tem a Bahia como principal estado em número de investidoras em renda variável, com 48.742 participantes, um crescimento de 8,5% em um ano.
Pernambuco (32.459 investidoras, alta de 8,75%) e Ceará (28.916 investidoras, aumento de 10%) aparecem logo na sequência.
No Centro-Oeste, o Distrito Federal lidera com 43.118 investidoras, seguido por Goiás (35.341), Mato Grosso (16.988) e Mato Grosso do Sul (13.842).
Já na região Norte, o Amazonas foi o estado com maior crescimento proporcional, registrando um aumento de 10,13% no número de investidoras em apenas um ano.
O que explica esse crescimento?
Para Christianne Bariquelli, superintendente de Educação da B3, a presença crescente de mulheres no mercado financeiro está diretamente relacionada à evolução da educação financeira no Brasil.
“As pesquisas mostram que as mulheres tendem a se preparar melhor antes de investir, buscando diversificação e segurança. O recorde de investidoras e o marco de mais de um milhão de mulheres no Tesouro Direto são conquistas significativas”, destaca.
A popularização de conteúdos educativos sobre investimentos e o desenvolvimento de plataformas que facilitam o acesso ao mercado financeiro têm sido fatores decisivos para esse avanço.
Além disso, as redes sociais e influenciadoras especializadas têm contribuído para tornar o universo dos investimentos mais acessível ao público feminino.
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Futuro das mulheres no mercado financeiro
Com a crescente busca por independência financeira e maior acesso à informação, a expectativa é que o número de investidoras continue aumentando nos próximos anos.
As mulheres já representam 26,26% do total de investidores em renda variável na B3, e essa fatia tende a crescer à medida que mais iniciativas educacionais e produtos financeiros forem desenvolvidos para atender a esse público.
📊 O crescimento da participação feminina no mercado financeiro não é apenas um reflexo da busca por rentabilidade, mas também uma mudança de paradigma em direção a um futuro mais equitativo no mundo dos investimentos.

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