MP denuncia Jair Renan por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documento

O filho 04 do ex-presidente Bolsonaro supostamente apresentou declarações falsas de faturamento de sua empresa.

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Publicado em 20/03/2024 às 20:20h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 20/03/2024 às 20:20h Atualizado 3 meses atrás por Jennifer Neves
Foto - Reprodução internet/ Crédito: Alan Santos/PR
Foto - Reprodução internet/ Crédito: Alan Santos/PR

🚫 O MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios) apresentou acusações contra Jair Renan Bolsonaro, filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, envolvendo os crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação e uso de documentos falsos.

As acusações giram em torno do uso de informações falsas da empresa de Jair Renan, Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia, para obter um empréstimo bancário não reembolsado, conforme apurou o jornal O Globo, nesta quarta-feira (20).

"Não há dúvidas de que as duas declarações de faturamento apresentadas ao banco são falsas, por diversos aspectos, tanto material, em razão das falsas assinaturas do Técnico em Contabilidade [...], que foi reinquirido e negou veementemente ter feito as rubricas, quanto ideológico, na medida em que o representante legal da empresa RB Eventos e Mídia fez inserir nos documentos particulares informações inverídicas consistentes nos falaciosos faturamentos anuais", afirmam os investigadores.

O MPDFT não forneceu detalhes adicionais devido ao sigilo do caso, mas confirmou que Jair Renan foi indiciado pela Polícia Civil do DF em fevereiro, relacionado a ambos os crimes.

A investigação teve início em agosto de 2023, quando a Polícia Civil apreendeu pertences pessoais e um telefone celular de Jair Renan durante a Operação Nexum, que investigava crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

De acordo com o inquérito policial, as declarações de faturamento da empresa de Jair Renan e de seu sócio, Maciel Alves, foram consideradas suspeitas, por serem usadas para obter empréstimos bancários. O relatório final da investigação concluiu que essas declarações eram falsas.

Jair Renan negou as acusações em seu depoimento, alegando não reconhecer suas assinaturas nos balanços de faturamento e negou ter solicitado empréstimos. No entanto, evidências como um parecer técnico, testemunhas e registros de atividades bancárias contradizem as alegações.