Milei confirma privatizações e ações argentinas sobem em Nova York

O ADR da petrolífera YPF avançou mais de 40%, um dia depois da eleição de Milei como presidente argentino

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Publicado em 20/11/2023 às 19:04h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 20/11/2023 às 19:04h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Milei foi eleito presidente da Argentina (Shutterstock)
Milei foi eleito presidente da Argentina (Shutterstock)

Eleito presidente da Argentina, o economista ultraliberal Javier Milei (La Libertad Avanza-LLA) confirmou nesta segunda-feira (20) a intenção de fechar o Banco Central da Argentina e privatizar companhias nacionais. Com isso, ações de empresas como a petrolífera YPF tiveram um dia de forte alta no mercado de Nova York.

A Bolsa de Buenos Aires não abriu nesta segunda-feira (20), um dia depois da eleição de Javier Milei como presidente da Argentina, por causa do feriado do Dia da Soberania Nacional. Porém, os papeis argentinos que são negociados em Nova York mostraram a reação do mercado ao resultado das eleições no país, que enfrenta uma inflação anual de mais de 140% e uma das maiores crises de sua história.

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O ETF ARGT -fundo de índice que replica o principal índice da Bolsa de Buenos Aires, o MSCI- avançou mais de 11% na Bolsa de Nova York. Os ADRs - recibos que replicam ações estrangeiras, neste caso, argentinas- também dispararam. O ADR da petrolífera YPF, por exemplo, subiram mais de 40%. Milei reafirmou nesta segunda-feira (20) a intenção de reconstruir e privatizar a empresa.

O presidente eleito da Argentina também falou em privatizar a emissora de televisão e a rádio pública do país, além de entregar a companhia aérea Aerolíneas Argentinas para os seus funcionários. Em entrevista à Rádio Mitre, ele disse que "tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado".

Veja o desempenho de ADRs argentinos em Nova York, até as 18h desta segunda-feira (20):

  • YPF Sociedad Anonima (YPF): 40,07%;
  • Grupo Supervielle (SUPV): 24,88%;
  • Edenor (EDN): 24,61%
  • Transportadora Gás (TGS): 24,43%; 
  • Telecom Argentina (TEO): 22,28%
  • Cresud (CRESY): 20,35%;
  • Banco Macro (BMA): 20,11%;
  • Central Puerto (CEPU): 19,97%;
  • BBVA Banco Francês (BBAR): 18,59%;
  • Pampa Energia (PAM): 17,65%;
  • Grupo Financeiro Galicia (GGAL): 17,20%;
  • Loma Negra (LOMA): 14,39%;
  • IRSA (IRS): 13,45%
  • Despegar (DESP): 7,59%;
  • Bioceres Crop (BIOX): 4,17%;
  • Mercado Livre (MELI): 2,35%.