Meta fiscal: Governo descarta mensagem modificativa ao Congresso
Por ora, meta de zerar o déficit primário em 2024 segue vigente
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não enviar ao Congresso uma mensagem modificativa solicitando a alteração da meta fiscal de zerar o déficit primário em 2024. Com isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ganha tempo para tirar do papel e avançar com medidas de arrecadação.
A informação foi dita na última segunda-feira (6) pelo senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional.
“Não tem mensagem modificativa para amanhã. O relatório que for lido é um relatório que foi dialogado com o governo. O horizonte do déficit zero, que nós defendemos, hoje depende muito mais do Congresso do que do governo. Temos pelo menos 4 medidas fiscais que dependem do Congresso. As medidas de arrecadação estão, neste momento, nas mãos do Congresso”, afirmou Rodrigues.
Veja também: Copom cita aumento da "incerteza fiscal" sobre meta, em ata
A ala política do governo teme a meta original imposta por Haddad, para 2024, por um possível volume expressivo de contingenciamento ao governo, além do custo político elevado que ela poderia trazer em um ano de eleições municipais.
Nas últimas semanas, Haddad e Lula deram opiniões diferentes sobre o tema. Enquanto Lula afirmou que a meta de 2024 "não precisa ser zero", Haddad destacou que iria manter a meta fiscal e manteve o discurso sobre déficit zero no ano que vem. A indefinição dos dois, nos últimos dias, acabou mexendo, inclusive, com o mercado financeiro.
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