Méliuz (CASH3) quer avançar com estratégia de investimentos em Bitcoin (BTC)

Assembleia de acionistas vai deliberar sobre a inclusão dessa atividade como parte da estratégia de negócios da empresa.

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Publicado em 15/04/2025 às 09:14h - Atualizado Agora Publicado em 15/04/2025 às 09:14h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Méliuz já investiu US$ 4,1 milhões em Bitcoin (Imagem: Shutterstock)
Méliuz já investiu US$ 4,1 milhões em Bitcoin (Imagem: Shutterstock)

O Méliuz (CASH3) decidiu avançar com a estratégia de investimentos em Bitcoin (BTC) que pode lhe consagrar como a primeira empresa da bolsa brasileira a adotar a criptomoeda como um ativo de reserva.

🪙 A estratégia foi anunciada em 6 de março, quando o Conselho de Administração aprovou a criação de uma nova política de tesouraria voltada à aplicação de recursos e à realização de investimentos em Bitcoin.

A medida fez as ações do Méliuz saltarem mais de 16% em único pregão, mas precisa ser confirmada pelos seus acionistas. Por isso, a companhia convocou uma assembleia geral sobre o assunto para o próximo dia 6 de maio.

Em comunicado publicado nessa segunda-feira (14), o Méliuz disse que "concluiu com sucesso o estudo sobre as providências de governança a serem adotadas para a ampliação da sua nova estratégia voltada para aplicação de recursos e realização de investimento em Bitcoin".

Por isso, convocou a assembleia para que seus acionistas decidam sobre "a alteração do objeto social da Companhia para contemplar, além das atividades atualmente exercidas, a possibilidade de realização de investimentos em Bitcoin como parte de sua estratégia de negócios".

🗣️ "O objetivo do Méliuz será, a partir da aprovação das matérias da AGE, adotar o Bitcoin como principal ativo estratégico da tesouraria da Companhia, além de fomentar a geração incremental de Bitcoin para os seus acionistas, seja por meio da geração de caixa operacional ou por eventuais operações financeiras e iniciativas estratégicas", explicou.

A empresa de cashback ressaltou ainda que o seu core business permanecerá inalterado e que a geração de caixa das operações é fundamental para a estratégia de adquirir mais Bitcoin ao longo do tempo.

Conforme anunciado em março, a companhia já investiu US$ 4,1 milhões na criptomoeda, por meio da compra de 45,72 Bitcoin a um preço médio de US$ 90.296,11 o token. A expectativa, no entanto, é aplicar até 10% do seu caixa total em Bitcoin.

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Por que investir em Bitcoin?

Ao investir em Bitcoin, o Méliuz busca reforçar o seu caixa e atrair investidores interessados em manter uma exposição indireta à criptomoeda.

📈 Para a companhia, é possível construir uma estratégia de investimento de longo prazo pautada na criptomoeda, já que "a moeda é escassa, descentralizada e imune a inflação".

"A Administração da Companhia acredita que a aplicação de recursos em Bitcoin é um excelente negócio para a Companhia, dada não só a valorização do ativo até agora, mas também ao seu potencial como reserva de valor", diz a proposta apresentada para a assembleia de 6 de maio.

Além disso, o Méliuz vê a possibilidade de posicionar-se na vanguarda da inovação tecnológica e financeira e, assim, atrair novos investidores.

"A estratégia de alocação de recursos e realização de investimentos em Bitcoin permite que investidores institucionais, que não querem se expor diretamente ao Bitcoin, ou até mesmo têm restrições regulatórias para tanto, possam realizar seus investimentos em uma Companhia que se valoriza tanto por suas atividades enquanto empresa de tecnologia, como pelo retorno do investimento no Bitcoin", afirmou.

A companhia admitiu, no entanto, que este é um ativo de alta volatilidade e que ainda carece de regulação. Desde o anúncio da estratégia da empresa em 6 de março, por sinal, o Bitcoin desvalorizou-se 5,5%.

Direito de retirada

Os acionistas que não concordam com a nova estratégia de investimento do Méliuz têm o direito de deixar a empresa, mediante reembolso de R$ 3,9285 por ação.

🗓️ O direito de retirada poderá ser exercido pelos investidores registrados nessa segunda-feira (14) que mantiverem essa posição até a data do efetivo exercício do direito de recesso.

Segundo a proposta do Méliuz, os acionistas que optarem pela retirada devem manifestar sua decisão em um prazo de 30 dias, contados a partir da ata da publicação da assembleia de 6 de maio.

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