Marçal e Nunes batem boca antes de mais um debate em São Paulo

Marçal foi expulso nos últimos momentos do debate, depois de reforçar as críticas a Nunes.

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Publicado em 23/09/2024 às 23:17h - Atualizado Agora Publicado em 23/09/2024 às 23:17h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Marçal e Nunes durante o debate promovido pelo Flow News (Imagem: Reprodução/YouTube)
Marçal e Nunes durante o debate promovido pelo Flow News (Imagem: Reprodução/YouTube)

Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) bateram boca nesta segunda-feira (23), ao chegar para mais um debate entre candidatos para a prefeitura de São Paulo.

🗣️ Um trecho da discussão foi publicado nas redes sociais por Marçal. No vídeo, ele aparece chamando Nunes de "Tchutchuca do PCC", "vereador de meia tigela", "ladrão de merenda" e "vagabundo".

O candidato do PRTB acusa o atual prefeito de ter recebido dinheiro que deveria ser usado em merendas escolares em contas próprias e nas contas da esposa e da filha. Nunes rebateu as acusações e chamou Marçal de "condenadinho" antes de deixar o local.

A discussão chegou a ser ouvida por apresentadores do debate desta segunda-feira (23), que faziam entrevistas individuais com os candidatos na ocasião.

O debate é promovido pelo canal Flow News, que prometeu expulsar os candidatos do debate em caso de ofensas e agressões verbais reiteradas.

De acordo com as regras do debate, o jornalista e apresentador, Carlos Tramontina, vai advertir os candidatos em caso de agressões verbais e ofensas. A expulsão ocorre caso o mesmo candidato receba três advertências.

"O que se viu em debates anteriores não enobrece a campanha", comentou Tramontina.

Segundo ele, o objetivo é de que os candidatos discutam os problemas da cidade e conversem com o eleitor.

Tramontina destacou, no entanto, que as cadeiras do debate não estavam parafusadas, como aconteceu na última terça-feira (17) no debate da RedeTV, o primeiro a ser realizado depois da cadeirada desferida por Datena (PSDB) contra Marçal no debate da TV Cultura, em 15 de setembro.

Debate começa calmo, mas acaba com expulsão e agressão

Os candidatos, começaram o debate de forma moderada, seguindo o padrão da última sexta-feira (20).

Nenhuma advertência foi feita nos dois primeiros blocos, nos quais os candidatos responderam perguntas de especialistas e moradores de São Paulo sobre temas como segurança pública, educação, saúde e transporte público. Ainda assim, houve provocações.

Marçal, por exemplo, falou que "a certeza de impunidade faz com que as pessoas briguem no trânsito, peguem cadeiras e arremessem em candidatos".

Datena, por sua vez, disse que "agressão física é deplorável, mas a agressão mentirosa é pior ainda" ao responder uma pergunta sobre imigração.

Em resposta a críticas, Guilherme Boulos (PSOL) disse que a única coisa que iria invadir era a "cabecinha vazia" de Marçal.

Já Tabata Amaral (PSB) criticou a gestão de Nunes, sobretudo no que diz respeito à educação. E Marina Helena (Novo) criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no manejo da dengue, ao falar sobre a politização da pandemia de covid-19.

No entanto, o clima esquentou nos últimos momentos, depois que Marçal usou as suas considerações finais para reiterar as críticas a Nunes, acabou sendo advertido e expulso.

O candidato do PRTB também rebateu as advertências do moderador, que o acusou de "aproveitar os últimos instantes do debate para baixar o nível".

Depois, deixou o palco do debate em meio a uma grande confusão, que acabou com a agressão de um dos assessores de Nunes.