Lula troca comando da Caixa Econômica Federal

Ligado ao Centrão, o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes irá comandar o banco público

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Publicado em 25/10/2023 às 16:24h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 25/10/2023 às 16:24h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Lula demitiu Rita Serrano após acordo com o Centrão (Shutterstock)
Lula demitiu Rita Serrano após acordo com o Centrão (Shutterstock)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. Com isso, o banco público passará a ser gerido pelo economista Carlos Antônio Vieira Fernandes.

A troca de comando da Caixa foi anunciada nesta quarta-feira (25), mas já era negociada há semanas pelo governo. A mudança atende a um pedido do Centrão, que cobra mais espaço em cargos estratégicos do Executivo.

A escolha do novo presidente do banco pública foi negociada especialmente com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Em troca, o governo espera ampliar a base de apoio parlamentar.

Perfil

O novo presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, é servidor de carreira do banco e já presidiu o Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa. O economista também ocupou cargos no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, com o apoio do PP (Partido Progressistas), de Lira.

Em nota, o Palácio do Planalto disse que Carlos Fernandes deve dar “continuidade ao trabalho da Caixa Econômica Federal na oferta de crédito na nossa economia e na execução de políticas públicas em diversas áreas sociais, culturais e esportivas”.

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O governo também informou que Lula se reuniu com a ex-presidente da Caixa, Rita Serrano, nesta quarta-feira (25) para agradecer o seu trabalho e dedicação no exercício do cargo.  Rita também é funcionária de carreira da Caixa e comandava o banco desde janeiro, no início deste governo Lula.

O Planalto disse que, nesse período, ela cumpriu “uma missão importante de recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal, com a valorização do corpo de funcionários e retomada do papel do banco em diversas políticas sociais, ao mesmo tempo aumentando sua eficiência e rentabilidade, ampliando os financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio”.