Lira e Pacheco defendem meta fiscal de déficit zero
O presidente da Câmara ainda negou ter conversado com o governo sobre a mudança da meta

Em meio ao debate sobre a meta fiscal de 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, parece ter ganhado dois aliados importantes: o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Em evento realizado pelo BTG Pactual (BPAC11) nesta segunda-feira (6), Lira e Pacheco disseram que o déficit zero deve continuar sendo perseguido pelo governo. Além disso, o presidente da Câmara negou ter conversado com membros do Executivo sobre a possibilidade de mudança da meta fiscal de 2024.
A possível mudança da meta fiscal, que prevê déficit zero em 2024, vem sendo discutida desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o país “dificilmente” chegará à meta no ano que vem. Entre as possibilidades levantadas pelos defensores da alteração, estava a mudança da meta fiscal no Congresso Nacional, durante a votação do Orçamento de 2024. Lira, contudo, disse que não tratou do assunto com o governo.
Leia também: Inflação: Focus volta a projetar alta no indicador para 2024
"Eu não tive, particularmente, nenhuma conversa, nem com o presidente Lula e nem com o ministro Haddad e nem com ninguém da área do governo, que viessem me atestar de que iam modificar o envio da meta", afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, no evento do BTG Pactual (BPAC11).
Lira lembrou que o arcabouço fiscal, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso neste ano, já prevê consequências para caso o governo não consiga cumprir a meta. Além disso, apoiou o posicionamento do Ministério da Fazenda de seguir perseguindo o déficit zero.
“Haddad ratificou em reunião conosco e publicamente que vai seguir perseguindo o déficit zero. Ele tem que continuar buscando alternativas para alcançar o déficit zero. Nosso foco é continuar trabalhando para alcançar. Se não conseguir, não é porque não quer", afirmou Lira.
Pacheco também defendeu a meta de déficit zero no evento do BTG Pactual. “Meta deve ser continuamente perseguida e buscada. Se lá na frente ela não for alcançada, é uma outra coisa. Mas não podemos deixar de ter a tônica do encaminhamento do combate ao déficit público”, afirmou.
Meta fiscal é parceria
No mesmo evento, Haddad disse que o resultado fiscal é um trabalho de parceria entre os Poderes. “Eu não falo isso para provocar ninguém. Eu falo isso porque o resultado fiscal não é da cabeça do ministro da Fazenda, nem do desejo do presidente da República. Resultado fiscal é um trabalho de parceria”, afirmou.
Nessa linha, o ministro da Fazenda acrescentou que Judiciário, Legislativo e Executivo devem entender a repercussão de suas decisões. Haddad já falou que a receita do governo vem sofrendo por causa de decisões do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal), o que coloca em risco o cumprimento da meta fiscal. Por isso, tenta aprovar no Congresso medidas que possam aumentar a arrecadação federal.

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima

3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país

Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados

Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump

Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos

Como investir na renda fixa em 2025 após tarifas de Trump ao Brasil?
Presidente dos EUA impõe alíquota de 10% para produtos brasileiros importados por americanos e analistas comentam possíveis impactos nos investimentos

Brasil recorre à renda fixa em dólar em 2025; veja anúncio do Tesouro Nacional
Meta do governo é ter entre 3% e 7% da sua dívida em títulos de renda fixa em dólar