Latam desiste de disputa por aviões da Gol (GOLL4), diz jornal
Em março, a Gol pediu intimação da Latam à corte norte-americana após a tentativa de apropriação de aeronaves.

Em reviravolta no processo de recuperação judicial da Gol (GOLL4) nos Estados Unidos (Chapter 11), a Latam desistiu de tentar adquirir alguns dos aviões da companhia brasileira.
A busca da Latam por modelos Boeing 737, ausentes em sua frota, gerou descontentamento na Gol, que chegou a solicitar explicações à Latam na corte americana, segundo informações do jornal "Valor Econômico".
O documento trata sobre as cartas enviadas aos arrendadores em 1º de março que defendiam que a ida dos aviões à Latam poderia ser benéfica para a Gol, além de ser boa para o mercado aéreo do Brasil e para os arrendadores.
Em comunicado oficial à Corte de Nova York, a equipe jurídica da Gol informou que “a falta de envolvimento dos devedores em discussões comerciais com a Latam e a urgência das necessidades de (aeronaves de) fuselagem estreita da Latam", disseram.
Os advogados também afirmaram que a Latam determinou que a probabilidade de ela e os devedores realizarem as transações para aeronaves B737 agora são remotas. Ainda segundo o documento, a Latam não conseguiu, nos últimos meses, obter as aeronaves.
Leia também: Gol (GOLL4) suspende transporte de pets após morte de cachorro
“É improvável que a Latam continue realizando quaisquer transações envolvendo o B737. Em vez disso, devido à escassez de aeronaves B737 disponíveis, bem como à recusa dos devedores em cooperar, a Latam está adquirindo, através de vários canais alternativos, outras opções de modelos de aeronaves de fuselagem estreita”, diz o documento.
A estratégia da Latam em buscar arrendadores da Gol irritou a aérea brasileira, que convocou a concorrente a se explicar na Corte dos EUA. O juiz chegou a autorizar parcialmente o processo chamado de 'discovery', no entanto, a autorização abarcou apenas cartas enviadas a arrendadores da Gol.
No fechamento do pregão desta quarta-feira (24), a aérea viu suas ações despencarem quase 8% em resposta a divulgação da morte de um cachorro durante uma viagem equivocada na companhia. A empresa foi notificada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública para dar explicações sobre o caso.
A aérea tem dois dias para comprovar ações para prevenir esse tipo de ocorrência. Em nota, a empresa lamentou o ocorrido e disse que está oferecendo "todo suporte necessário ao tutor e sua família". Além disso, a Gol informou que suspendeu por um mês o transporte de pets no porão das aeronaves.

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