Itaú lidera entre bancos da B3, segundo Goldman; Bradesco sobe e Santander recua

O banco norte-americano estabelece um novo ranking dos melhores bancos da Bolsa brasileira, com Itaú se mantendo no topo.

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Publicado em 15/10/2025 às 15:23h - Atualizado Agora Publicado em 15/10/2025 às 15:23h Atualizado Agora por Matheus Silva
O Itaú segue sendo a principal aposta do Goldman Sachs no setor (Imagem: Divulgação)
O Itaú segue sendo a principal aposta do Goldman Sachs no setor (Imagem: Divulgação)
💲 O Goldman Sachs atualizou sua visão sobre os principais bancos listados na B3 (B3SA3), destacando uma mudança importante nas recomendações para o setor financeiro.
A análise sinaliza um reposicionamento na ordem de confiança dos analistas em relação às instituições financeiras brasileiras, com base em projeções de lucro, rentabilidade, geração de capital e riscos operacionais.
De forma implícita, o banco norte-americano estabelece um novo ranking dos melhores bancos da Bolsa brasileira, com Itaú (ITUB4) mantendo o topo, Bradesco (BBDC4) em ascensão após revisão positiva, Santander Brasil (SANB11) em deterioração e Banco do Brasil (BBAS3) com recomendação neutra diante de incertezas no crédito rural.

Itaú (ITUB4)

O Itaú segue sendo a principal aposta do Goldman Sachs no setor, com recomendação de compra mantida. 
Os analistas destacam o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 24%, considerado o mais alto entre os pares, além de um índice de capital robusto de 13,1%, que respalda a avaliação premium da ação.
A expectativa para o terceiro trimestre de 2025 também é positiva, com o banco mantendo alta previsibilidade nos lucros e performance operacional acima da média.
Segundo o Goldman, o Itaú continuará entregando resultados consistentes, mesmo num cenário desafiador.

Bradesco (BBDC4)

Após um período de pressão nos resultados, o Bradesco teve sua recomendação elevada de “venda” para “neutra”, com o preço-alvo ajustado de R$ 15 para R$ 17. 
O banco demonstrou melhora significativa na geração de capital e uma recuperação gradual da lucratividade ao longo de 2025.
A expectativa de que o ROE avance de 9,6% em 2023 para 14,6% em 2025, somada à redução no custo dos depósitos e maior eficiência na gestão de risco, reforça a percepção de que o Bradesco pode estar virando a chave. 
O banco também deve registrar a maior expansão de lucro trimestral entre os grandes players (4%) no 3T25.

Santander Brasil (SANB11)

Na contramão, o Santander Brasil teve sua classificação rebaixada de “neutra” para “venda”, com o preço-alvo reduzido de R$ 28 para R$ 26. 
O Goldman vê crescimento mais lento da carteira de crédito, aliado a custos de risco elevados, como principais entraves para a geração de lucros sustentáveis.
A instituição estima que os lucros do Santander permanecerão estáveis no terceiro trimestre, enquanto os concorrentes devem crescer. 
Além disso, as projeções de lucro para 2026-2027 estão 5% abaixo do consenso de mercado, reforçando os riscos de queda nas expectativas.

Banco do Brasil (BBAS3)

Com valuation atrativo, negociando a 0,6 vez o valor patrimonial estimado para 2026, o Banco do Brasil permanece com recomendação neutra. 
Apesar de mostrar resiliência, o banco enfrenta incertezas ligadas à deterioração da carteira de crédito rural, que deve pesar nos resultados do 3T25, período com forte concentração de vencimentos nesse segmento.
O Goldman prevê uma contração no lucro do BB, reduzindo sua estimativa para R$ 21,3 bilhões, queda de 4% frente ao cálculo anterior. 
Ainda assim, há espaço para surpresas positivas, dependendo do desempenho de indicadores mais recentes.
📊 Confira as estimativas de lucro líquido para 2025, segundo o Goldman Sachs:
  • Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 47,1 bilhões
  • Bradesco (BBDC4): R$ 25,0 bilhões (+2%)
  • Santander Brasil (SANB11): R$ 15,0 bilhões (+2%)
  • Banco do Brasil (BBAS3): R$ 21,3 bilhões (–4%)
A nova avaliação do Goldman Sachs reforça o Itaú como líder isolado entre os bancos brasileiros listados, graças à sua forte rentabilidade, capital robusto e capacidade de entrega de resultados.
O Bradesco aparece em recuperação, com fundamentos melhorando e potencial de valorização. Já o Santander Brasil é visto com cautela, diante de uma dinâmica menos favorável em crescimento e risco de revisão para baixo nas expectativas. 
📈 O Banco do Brasil, por sua vez, permanece como uma incógnita, com valuation descontado, mas exposto a riscos setoriais relevantes.

ITUB4

Banco Itaú
Cotação

R$ 37,46

Variação (12M)

26,35 % Logo Banco Itaú

Margem Líquida

11,60 %

DY

7.48%

P/L

9,43

P/VP

1,94