Investidores individuais estão mais ativos e entram com valores menores na B3
Segundo a Bolsa, 1,6 milhão de pessoas fizeram ao menos uma operação por mês no segmento de renda variável em 2023

Com cinco milhões de investidores pessoa física, a B3 (B3SA3) disse que os investidores individuais estão mais ativos e apresentam uma carteira de ativos cada vez mais diversificada na bolsa brasileira. Além disso, os "novos CPFs" da B3 têm começado a investir com valores cada vez mais baixos.
💲 De acordo com dados da B3, cerca de 1,6 milhão dos investidores pessoa física da bolsa brasileira fizeram ao menos uma operação por mês no segmento de renda variável, que inclui os mercados de ações à vista, FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário), ETFs (Exchange Traded Fund) e BDRs (Brazilian Depositary Receipts). É o maior resultado da série histórica da B3, iniciada em 2011.
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Além disso, esses investidores parecem estar mais dispostos a diversificar o seu portfólio. Em 2022, 37% dos investidores aplicavam em apenas um ativo. Em 2023, no entanto, esse número caiu para 30%. Em contrapartida, a quantidade de investidores que têm mais de cinco tickers ativos na carteira subiu de 34% para 39% no ano.
Veja a posição das pessoas físicas na B3, em 2023:
- Único ativo: 30%;
- Dois ativos: 12%;
- Três ativos: 8%;
- Quatro ativos: 6%;
- Cinco ativos: 5%;
- Mais de cinco ativos: 39%.
Renda fixa ainda predomina
A maior parte dos investidores, no entanto, ainda foca exclusivamente na renda fixa. Segundo dados da B3, 68% dos investidores individuais da bolsa brasileira aplicam apenas em ativos de renda fixa. Outros 11% investem apenas em renda variável. Veja a preferência dos investidores individuais na B3:
- Apenas renda fixa: 68%;
- Apenas renda variável: 11%;
- Renda fixa e renda variável: 8%;
- Renda fixa, Tesouro Direto e renda variável: 4%;
- Apenas Tesouro Direto: 3%;
- Tesouro Direto e renda variável: 2%;
- Renda fixa e Tesouro Direto: 3%.
Com os juros altos, a renda fixa atraiu 14,8 milhões de novos investidores individuais em 2023. Com isso, passou a alcançar 17,1 milhões de pessoas na B3.
Tíquete de entrada menor
📉 Apesar do maior número de operações e ativos, muitos investidores individuais têm movimentado valores menores nas aplicações de renda variável na B3. Em dezembro de 2023, por exemplo, o segmento ganhou 83 mil novos participantes e o tíquete médio de entrada foi de R$ 128.
Segundo a B3, 57% das pessoas que passaram a investir em renda variável em dezembro de 2023 começaram com até R$ 200. Veja os valores:
- Até R$ 40: 27%;
- De R$ 40 a R$ 200: 30%;
- De R$ 200 a R$ 500: 13%;
- De R$ 500 a R$ 1 mil: 7%;
- De R$ 1 mil a R$ 2 mil: 6%;
- De R$ 2 mil a R$ 5 mil: R$ 5%;
- De R$ 5 mil a R$ 10 mil: 3%;
- De R$ 10 mil a R$ 50 mil: 6%;
- De R$ 50 mil a R$ 100 mil: 1%;
- Acima de R$ 100 mil: 1%.
De acordo com a B3, o menor valor médio de entrada comprova a "democratização do mercado de capitais nos últimos anos".
Volume negociado cai
Os dados da B3 também mostram, no entanto, que não foi só o tíquete médio de entrada que caiu em 2023. O volume financeiro médio que é negociado diariamente no mercado de renda variável por investidores individuais recuou 26%, de R$ 8,3 bilhões no quarto trimestre de 2022 para R$ 6,1 bilhões no mesmo período de 2023.
Vale lembrar que, considerando todos os tipos de investidores, o volume financeiro médio diário negociado em ações na bolsa brasileira também recuou. Segundo o balanço da B3, a cifra caiu 24,8% no quarto trimestre de 2023, para R$ 24,3 bilhões, e esse recuo influenciou o resultado da operadora da bolsa no período.
A B3 teve um lucro líquido de R$ 915,5 milhões no quarto trimestre de 2023, 8,8% menor que o do mesmo trimestre de 2022. Por isso, suas ações caíram 1,58% no pregão de sexta-feira (23). Ainda assim, a B3 anunciou o pagamento de R$ 374 milhões em dividendos.

B3SA3
B3R$ 14,76
42,60 %
43,97 %
2%
16,42
4,14

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