Importação de criptoativos bate recorde em agosto

Segundo o Banco Central, operação registrou ingresso de US$ 1,3 bilhão no mês

Author
Publicado em 26/09/2023 às 22:18h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 26/09/2023 às 22:18h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Compra de criptomoedas tem crescido no Brasil. Foto: Shutterstock
Compra de criptomoedas tem crescido no Brasil. Foto: Shutterstock

A importação de criptoativos alcançou US$ 1,320 bilhão em agosto. É um valor recorde para o Brasil, segundo dados publicados nesta segunda-feira (25/09) pelo BC (Banco Central).

"A importação de criptoativos bateu o recorde da série para qualquer mês", afirmou o chefe-adjunto do departamento de estatísticas do BC, Renato Baldini, durante a apresentação das estatísticas do setor externo brasileiro.

A importação de criptoativos acontece quando a propriedade muda de um não residente para um residente. Ou seja, quando um residente do Brasil compra um ativo digital de alguém que reside em outro país. Compras realizadas tanto por pessoas físicas, quanto por pessoas jurídicas entram na conta.

Segundo dados do BC, essa operação já vinha em alta nos últimos meses. "Em junho, pela primeira essa rubrica passou o valor mensal de US$ 1 bilhão. E, em julho, aumentou para R$ 1,1 bilhão", disse Baldini.

Com esse aumento, a importação de criptoativos já soma US$ 7,422 bilhões em 2023, considerando os oito primeiros meses do ano. É um aumento de 44% em relação ao mesmo período de 2022, quando essa operação somou US$ 5,147 bilhões. O volume registrado de janeiro a agosto de 2023 já chega perto da cifra registrada durante todo o ano de 2022: US$ 7,495 bilhões.

Exportação

A exportação de criptoativos, por sua vez, somou US$ 184 milhões em agosto e US$ 363 milhões no acumulado dos oito primeiros meses de 2023. A cifra também cresceu em relação a 2022, mas ainda é bem menor que a dos dados relativos à compra de criptoativos.

Segundo o BC, a exportação de criptoativos representa a mudança de propriedade de um residente para um não residente. Ou seja, a venda de um ativo digital por um residente do Brasil para um não residente.