Ibovespa: Há boas opções de investimento fora do principal índice da B3? Confira
Existem diversas oportunidades em um universo com mais de 410 companhias listadas na Bolsa e mais de 900 ativos, somando BDRs e ETFs.
💸 Composto por 84 empresas, o Ibovespa é a principal referência quando se fala em Bolsa de Valores brasileira. Visto como um “termômetro” para entender como está o mercado financeiro, sua pontuação acaba refletindo as expectativas de investidores. Por concentrar grandes empresas, com altos volumes de negociação, o índice acaba chamando mais atenção, deixando as que estão de fora, de certa forma, com menos evidência.
O Ibovespa reúne ações e units das companhias que atendem a certos critérios, como corresponder a cerca de 85% do volume negociado em Bolsa. Além disso, a ação precisa ter tido alguma negociação em pelo menos 95% dos pregões dos últimos três cálculos da carteira teórica.
Ou seja, em sua composição entram os papéis mais líquidos do mercado. A carteira do indicador é reavaliada a cada quatro meses. Dessa forma, a composição tende a variar com o passar do tempo, já que empresas podem entrar ou sair ou ter o peso alterado na composição.
Cada ação tem um peso diferente na composição do Ibovespa. Portanto, quando um papel como VALE (VALE3) recua, a influência é muito maior sobre o índice, já que possui participação de 12% no índice.
O Ibovespa passou a operar com uma nova carteira a partir do começo de setembro e que valerá até 30 de dezembro. Sete empresas passaram a integrar o índice: Alpargatas (ALPA4), Banco Inter (BIDI4), Banco Pan (BPAN4),Méliuz (CASH3), Rede D’Or (RDOR3), Dexco (DXCO3) ePetz (PETZ3). Nenhuma ação foi retirada do portfólio e, com isso, o indicador totaliza 91 ativos de 84 empresas.
Fora do Ibovespa
No entanto, em setembro de 2023, o índice fechou com perda de 6,57% e registrou queda de 6,75% no ano. Ainda, existem diversas oportunidades em um universo com mais de 410 companhias listadas na B3 e mais de 900 ativos, somando BDRs e ETFs.
Geralmente, empresas que não fazem parte do Ibovespa estão mais “fora do radar”. O ponto negativo é que o investidor não terá muita informação sobre a companhia, o que vai demandar mais tempo para conhecer dela.
Já o lado positivo, é que, justamente por ser menos falada e negociada, a empresa fora do índice pode ser uma oportunidade. Contudo é preciso se atentar ao seu perfil de investidor e avaliar os fundamentos da companhia, se acredita na empresa e no setor em que está inserida.
"O conselho que damos ao investidor é diversificação. Essa é uma forma, independente de se escolher ações dentro ou fora do índice Ibovespa, de reduzir o máximo possível o risco nos investimentos”, diz o professor da FIA Bussiness School, Marcos Milan. Ele explica que quando há uma crise em uma empresa gigante do Ibovespa de determinado setor, a primeira coisa que deve acontecer, é ela ser afetada primeiro.
“Quando é com uma companhia de fora do índice, o investidor vai ter margem de manobra para tomar uma posição defensiva antes de ser impactado. A diversificação vai dar essa garantia de poder de manobra e de contenção de danos, no caso de uma crise”, diz Milan.
Além disso, é necessário “acreditar” na companhia, na valorização e no crescimento dela, já que o investidor se tornará um sócio. No caso das pequenas empresas da Bolsa, o lucro obtido será reinvestido nelas mesmas. Assim, o investidor pode não receber tantos dividendos como os de empresas sólidas, mas ele vai ganhar na valorização da empresa e das ações dela .
Também é recomendado que o investidor tenha os objetivos bem definidos para que possa encontrar boas oportunidades fora do índice. “Deve-se avaliar muito bem os fundamentos dos papéis e fazer uma análise qualitativa para checar se não tem nenhum tipo de notícia prejudicial. As análises quantitativa e qualitativa servem para que o investidor tenha noção da maturidade da empresa”, afirma.
Milan acrescenta que há casos em que empresas fora do Ibovespa podem ter ações abaixo de R$ 1, as chamadas penny stocks, que ainda passam pelo momento de crescimento. “Essas ações devem ser seguradas por um tempo maior. Então é fundamental fazer esse tipo de análise para encontrar boas oportunidades fora do índice”.
Outros índices
Setores de energia, infraestrutura, bancário e de saneamento estão dentre os mais bem avaliados do mercado financeiro, em termos de potencial de crescimento.
O Brasil é dependente de empresas de energia elétrica. “Há uma sustentabilidade bacana relacionada a pagamentos de dividendos constantes do setor. E falando em dividendos, tem o próprio índice de empresas que pagam dividendos. Então para quem busca a renda passiva, dar uma olhada nesse índice é interessante”.
Normalmente, companhias desses segmentos compõem outros indicadores da B3. “O de carbono é extremamente eficiente para quem visa o longo prazo, por ser composto por empresas com expectativa de rentabilidade sustentável”, afirma o professor da FIA Business School, Marcos Milan.
Para pessoas que têm estratégias de curto ou médio prazo, o índice de consumo, pode ser uma boa alternativa, por ser constituído predominantemente pelas varejistas, que têm uma sensibilidade maior a crise. “São companhias que dependem de fornecedores, possuem uma margem de lucro mais apertada, carga tributária normalmente mais elevada”, explica.
VALE3
ValeR$ 58,22
-17,54 %
22,86 %
8.3%
5,48
1,27
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