Ibovespa cai e dólar atinge R$ 5,69, maior valor em mais de dois meses
As dúvidas sobre o crescimento da China e o ajuste fiscal continuam pesando na bolsa brasileira.

O Ibovespa caiu e o dólar chegou a tocar nos R$ 5,70 nesta sexta-feira (18), com o mercado ainda reticente em relação ao ritmo de crescimento chinês e ao ajuste das contas públicas brasileiras.
📉 O principal índice da B3 caiu 0,22% e fechou aos 130.499 pontos. Já o dólar subiu 0,68% e terminou dia cotado a R$ 5,69, o maior valor desde o início de agosto.
Ainda assim, o Ibovespa garantiu uma alta de 0,39% no acumulado da semana, graças aos ganhos registrados entre segunda e quarta-feira, depois de o governo confirmar que um pacote robusto de revisão de gastos está a caminho.
💵 Já o dólar disparou 1,5% no acumulado da semana, pressionado pelo recuo dos preços internacionais da commodities, que ameaça as exportações brasileiras e a entrada de dólares no país.
Nesta sexta-feira (18), as commodities continuaram em queda. O petróleo cai em meio a sinais de redução da demanda mundial e o minério de ferro é pressionado pelas dúvidas em relação ao crescimento chinês.
📊 A economia da China cresceu 4,6% no terceiro trimestre, acima do esperado. Contudo, o mercado ainda desconfia que os estímulos anunciados nos últimos dias pelo governo chinês não serão suficientes para o país atingir a meta de crescimento de 5%.
O recuo das commodities pesa sob algumas das maiores empresas da bolsa brasileira. Além disso, os negócios seguiram pressionados pela expectativa em torno dos cortes de gastos que prometem manter o arcabouço fiscal de pé e pela consequente alta dos juros futuros.
EUA
Já nos Estados Unidos, as bolsas fecharam no azul, impulsionadas pela temporada de balanços do terceiro trimestre. A Netflix (NFLX34), por exemplo, superou as expectativas do mercado ao ganhar 5 milhões de assinantes e lucrar 40% mais no período.
Veja o fechamento das bolsas americanas:
- Dow Jones: 0,08%;
- S&P 500: 0,40%;
- Nasdaq: 0,63%.
Baixas
A Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) fecharam em queda diante do recuo dos preços das commodities. As perdas foram de 0,27% e de 0,35%, respectivamente.
Outras mineradoras e siderúrgicas até conseguiram escapar do tombo, mas as petroleiras sofreram. A Brava Energia (BRAV3), por exemplo, caiu 3,53% e a PetroReconcavo (RECV3), -2,29%.
As varejistas também tiveram um dia de perdas, em meio à alta dos juros futuros. O Carrefour (CRFB3), por exemplo, recuou 4,25% e o GPA (PCAR3), -3,06%.
Veja outras baixas do dia:
- Vivara (VIVA3): -3,15%;
- Azul (AZUL4): -2,47%;
- Eletrobras (ELET3): -0,94%.
Altas
Por outro lado, a Marfrig (MRFG3) saltou 5,97% com a recomendação de compra do Goldman Sachs. Para o banco, o papel, que já subiu mais de 40% no ano, ainda pode avançar mais 32%.
Outros frigoríficos também saíram ganhando. A Minerva (BEEF3), por exemplo, subiu 3,12% e a BRF (BRFS3), 1,93%.
Já o Assaí (ASAI3) fechou em alta de 0,42%, destoando dos pares varejistas, após cortar a previsão de abertura de lojas em 2025.
Veja outras altas do dia:
- LWSA (LWSA3): 3,45%;
- Eneva (ENEV3): 2,05%;
- Bradesco (BBDC4): 0,79%.

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