Hugo Motta critica punições sobre 8 de janeiro e diz que “não foi tentativa de golpe”

Outro tema abordado foi a possível mudança na Lei da Ficha Limpa, que poderia reduzir de oito para dois anos o período de inelegibilidade.

Author
Publicado em 07/02/2025 às 16:20h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 07/02/2025 às 16:20h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
A declaração foi feita durante entrevista à rádio Arapuan FM, na Paraíba, nesta sexta-feira (7) (Imagem: Shutterstock)
A declaração foi feita durante entrevista à rádio Arapuan FM, na Paraíba, nesta sexta-feira (7) (Imagem: Shutterstock)

🚨 O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu um debate mais amplo sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, classificando a invasão aos Três Poderes como "grave", mas afastando a ideia de que tenha sido uma tentativa de golpe.

A declaração foi feita durante entrevista à rádio Arapuan FM, na Paraíba, nesta sexta-feira (7).

"A discussão sobre a anistia é delicada e precisa ser conduzida com responsabilidade. O que aconteceu foi grave, mas não vejo como uma tentativa de golpe.

Apesar da pressão de alguns setores políticos, o parlamentar evitou se comprometer com a pauta da anistia, alegando que ainda não há uma decisão concreta sobre o tema.

"Não posso afirmar que a questão será pautada na próxima semana ou que não será discutida de forma alguma. O assunto requer cautela e diálogo", pontuou.

Mudança na Lei da Ficha Limpa também está em debate

Outro tema polêmico abordado na entrevista foi a possível mudança na Lei da Ficha Limpa, que poderia reduzir de oito para dois anos o período de inelegibilidade de políticos condenados.

O projeto, de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS), beneficiaria diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tornando-o apto para disputar a presidência em 2026.

➡️ Leia mais:Declaração do Imposto de Renda 2025: Saiba quem deve declarar, datas e muito mais

Motta, no entanto, deixou claro que não tem compromisso em pautar a alteração.

"Em um sistema democrático com eleições a cada dois anos, reduzir a inelegibilidade pode ser interpretado como uma flexibilização excessiva da legislação", opinou.

Apoio político e ascensão na Câmara

📊 Eleito para comandar a Câmara no biênio 2025-2026, Hugo Motta recebeu 444 votos, tornando-se o segundo mais votado para o cargo na história da Casa, atrás apenas de Arthur Lira (PP-AL), que obteve 464 votos em 2023.

Seu apoio veio de uma coalizão ampla, incluindo PL e PT. Na disputa, ele superou os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), que teve 32 votos, e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que recebeu 22 votos.