Guerra em Israel deve ter impacto limitado na economia brasileira, diz Fazenda

Efeitos devem se materializar principalmente na oscilação temporária do petróleo

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Publicado em 09/10/2023 às 13:06h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 09/10/2023 às 13:06h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
(Shutterstock)
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Os impactos dos ataques terroristas do Hamas a Israel devem ser limitados em relação a economia brasileira, segundo técnicos do Ministério da Fazenda. Segundo a equipe econômica, a guerra em Israel deve ter efeitos maiores sobre a oscilação do preço do petróleo. As informações são do "Valor Econômico" e foram publicadas nesta segunda-feira (9). 

Em um primeiro cenário, com a guerra restrita a Israel e Palestina, o impacto pode ser na alta de preços do petróleo. Esse impacto, entretanto, ocorrerá apenas se "a comunidade árabe colocar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) como instrumento de Guerra, cortando a produção", segundo uma fonte da Fazenda, consultada pelo jornal. 

Caso isso aconteça, o custo da energia poderia aumentar também, já que é um insumo básico da produção. 

Em outro caso, com o envolvimento de mais países na guerra em Israel, como China, EUA e Rússia, o impacto seria maior, já que geraria mais incertezas e amplas repercussões na economia e nas atividades de outros países. 

A fonte da pasta econômica destacou que o mais provável é que aconteça "alguma oscilação de mercado no preço do petróleo", baseada nas especulações e possibilidades que a guerra pode gerar. Mesmo assim, o impacto deve ser limitado. 

Confronto entre Hamas e Israel

Israel sofreu um ataque sem precedentes do grupo islâmico Hamas, no último sábado (7). Combatentes do Hamas lançaram mísseis contra o sul de Israel e declararam guerra contra o país do médio oriente. 
O confronto, que já dura três dias, conta com mais de 1,3 mil pessoas mortas e é o mais violento, no território israelense, dos últimos 50 anos. O Hamas, grupo extremista armado, é uma das maiores organizações islâmicas nos territórios palestinos da atualidade e é considerado um grupo terrorista por algumas potências do mundo, como Estados Unidos e União Europeia.