Governo federal reduz projeção para o déficit de 2024

Executiva projeta rombo de R$ 28,3 bilhões, dentro do limite permitido pela meta fiscal.

Author
Publicado em 21/09/2024 às 11:40h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 21/09/2024 às 11:40h Atualizado 2 minutos atrás por Marina Barbosa
Governo ainda descongelou R$ 1,7 bilhão do Orçamento (Imagem: Shutterstock)
Governo ainda descongelou R$ 1,7 bilhão do Orçamento (Imagem: Shutterstock)

O governo federal reduziu a projeção para o déficit primário de 2024, de R$ 28,8 bilhões para R$ 28,3 bilhões.

🎯O valor está dentro do limite estabelecido pela meta fiscal deste ano, que mira um déficit zero, mas permite um rombo de até R$ 28,8 bilhões nas contas públicas.

A nova projeção consta no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, enviado na noite de sexta-feira (20) pelo governo ao Congresso Nacional.

💲 De acordo com o relatório, o governo ainda descongelou R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2024. Com isso, o volume total de recursos que está contingenciado caiu de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões.

Os detalhes do descontingenciamento serão apresentados na segunda-feira (23). Contudo, informações iniciais do Ministério do Planejamento e Orçamento indicam que a redução da projeção para o déficit e a liberação dos recursos foram possíveis porque a projeção de receitas para este ano subiu.

Haddad nega receitas superestimadas

Em entrevista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acrescentou que a situação fiscal melhorou porque a economia brasileira está "performando melhor".

"Nós estamos performando bem. Todo mundo esperava, no começo do ano, um descontrole das contas, o que não aconteceu. Apesar da desoneração, apesar dos lobbies, apesar de tudo isso, nós estamos conseguindo repor aquilo que foi retirado do Orçamento com base nas regras fiscais vigentes", declarou.

O ministro ainda refutou as críticas de integrantes do mercado de que o governo está superestimando as receitas.

Leia também: Arrecadação federal bate recorde em agosto e atinge R$ 201,6 bi

Segundo Haddad, o governo está cumprindo as recomendações do TCU (Tribunal de Contas da União) e não considerou, no relatório bimestral, projetos que foram aprovados recentemente pelo Congresso Nacional, como o uso de recursos esquecidos em bancos.

De acordo com o boletim Prisma Fiscal, analistas do mercado não acreditam que o governo cumprirá a meta fiscal deste ano. A projeção do mercado é de um déficit primário de R$ 66,6 bilhões em 2024. O número revisado em setembro, contudo, é menor do que o apresentado em agosto ( R$ -73,5 bilhões).