Governo dos EUA define empresa que vai monitorar Binance no país

Consultoria vai atuar para garantir que sejam cumpridos acordos impostos por delação premiada

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Publicado em 13/05/2024 às 13:38h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 13/05/2024 às 13:38h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Binance é uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo. Foto: Shutterstock
Binance é uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo. Foto: Shutterstock

👨‍⚖️ O Departamento de Justiça dos Estados Unidos definiu a empresa que vai atuar como monitor exterior da corretora de criptomoedas Binance.

A consultoria Forensic Risk Alliance foi a vencedora do processo licitatório que durou alguns meses. A empresa vai fiscalizar a atuação da exchange, que se declarou culpada por violar a legislação de lavagem de dinheiro dos EUA.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, diversas empresas participaram da licitação, mas a favorita era o escritório de advocacia Sullivan Crowmwell, localizado em Wall Street. No entanto, a principal concorrente venceu e o Departamento de Justiça não quis se manifestar sobre a decisão.

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Durante os próximos três anos, a consultoria nomeada terá acesso a registros internos da companhia, com o objetivo de fazer cumprir todos os acordos da deleção. A FRA é especializada em crimes de fraude e corrupção.

No ano passado, a Binance fechou um acordo de delação premiada, que previa a nomeação de um monitor externo como requisito. Além disso, a corretora concordou em pagar mais de US$ 4,3 bilhões (cerca de R$ 21 bi) em multas.

Parte do acordo também colocou em xeque a cadeira de diretor-executivo da companhia, ocupada pelo fundador Changpeng Zhao, que foi condenado a quatro meses de prisão.

Embora tenha perdido espaço para outras concorrentes, a Binance já teve uma fatia de 55% do mercado global de negociação de criptomoedas, mas continua grande.

86 países em reunião

Na semana passada, a corretora divulgou uma audiência com representantes de 86 países para iniciar um trabalho cooperativo contra crimes financeiros. Da América Latina, estavam presentes autoridades do Brasil, Argentina, Colômbia e Paraguai, que ouviram 11 palestrantes da corretora sobre aplicação de leis.

“A cooperação entre os setores público e privado não é apenas desejável, mas uma absoluta necessidade para enfrentar e prevenir atividades criminosas relacionadas a criptomoedas. Ficamos positivamente surpresos com o grande interesse da comunidade global de aplicação da lei e somos gratos a todos os participantes por contribuírem para o espírito proativo deste evento prático de compartilhamento de conhecimento”, comentou Jarek Jakubcek, diretor de treinamento para agentes da lei da Binance.